terça-feira, 25 de junho de 2013

Saiba o que observar ao comprar um imóvel usado

Avalie a construção do empreendimento, ou seja, se há rachaduras ou infiltrações; verifique também a vizinhança e os meios transporte
Não erre na hora de comprar um imóvel usado (Fotos: Thinkstock)
Ao procurar um imóvel usado, é comum ter aquelas famosas dúvidas: onde comprar? Será que vale a pena investir em um apartamento antigo? Para não ficar perdido, é preciso estar atento a fatores capazes de influenciar a avaliação da casa. Confira as dicas que o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-RJ) e imobiliárias de São Paulo, listaram para o cliente não ter dores de cabeça futuras na hora de adquirir um novo bem.
1 – Verifique a localização, a vizinhança e os meios de transporte. Os serviços públicos e o comércio, como padaria, hospitais e bancos, também são pontos importantes a serem observados. Feiras e casas noturnas podem atrapalhar.
2 – Avalie a construção do prédio, ou seja, se há rachaduras ou infiltrações. Observe como é feita a limpeza e a manutenção das áreas comuns.
3 – Tenha atenção quanto à saúde financeira do condomínio para evitar surpresas com cotas extras, inadimplência e obras. Um dado interessante a ser observado é se o prédio está passando por alguma reforma. Caso esteja, procure saber por quanto tempo.
4 – No Rio, a posição dos imóveis voltados para o sol da tarde é um fator de desvalorização, devido ao intenso calor que passa para os cômodos. Como peso positivo na avaliação está a iluminação e ventilação direta dos banheiros. Faça visitas em horários diferentes ao imóvel para observar o comportamento da luz solar e como é o fluxo de veículos na rua em frente.
5 – Observe o piso e as portas: se houver acúmulo de pó, principalmente de madeira, é indício de cupim. Algumas regiões são mais afetadas pelo problema, portanto, é importante que seja feita uma dedetização periódica.
Verifique a localização, a vizinhança e os meios de transporte presentes
6 – Verifique a caixa de disjuntores, tomadas e interruptores. Veja se tem resíduos de superaquecimento, manchas escuras, fios retorcidos ou com isolamento danificado. Imóveis antigos podem não estar preparados para receber a demanda de aparelhos eletroeletrônicos utilizados atualmente. Se preferir, peça para um profissional de confiança avaliar as condições elétricas.
7 – Acione torneiras, chuveiros e válvulas do imóvel para observar o funcionamento do encanamento. Se apresentar uma coloração avermelhada ou turva, provavelmente é da tubulação antiga ou da falta de manutenção do reservatório de água.
8 – Infiltrações são facilmente detectadas pela cor escura que paredes e teto apresentam.
9 – Quanto maior a segurança, melhor. Durante a visita, observe a forma como foi abordado na portaria, a facilidade de acesso ao edifício. Um prédio com portaria física 24 horas, ante-câmera e sistema de vigilância monitorada dará mais tranquilidade e proteção aos moradores.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Apartamento 'sem vista' exige cuidado no uso e não é mais barato

A proximidade com o vizinho do prédio ao lado, muitas vezes, é ignorada na compra ou locação de um imóvel e pode reservar surpresas.
Segundo especialistas do mercado imobiliário, o "janela com janela" não reduz o preço na negociação, mas pode dar margem a descontos.
"Se a localização é boa e o imóvel atende às necessidades, a vista pesa menos", diz Odair Senra, do Sinduscon-SP (sindicato da construção).
Foi o que aconteceu com o engenheiro Henrique Mendonça, 29. Ele divide um apartamento com amigos em Pinheiros (zona oeste) e as janelas da sala são voltadas para o prédio ao lado.
"A localização é ótima e as janelas deixam o ambiente maior. Mas já tive de acompanhar uma festa em frente, quando queria dormir."
Avener Prado/Folhapress
Para Henrique Mendonça, 29, as janelas grandes do apartamento em Pinheiros (zona oeste de SP) ampliam a sensação de espaço
Para Henrique Mendonça, 29, as janelas grandes do apartamento em Pinheiros (zona oeste de SP) ampliam a sensação de espaço
Alguns truques de decoração podem ajudar a filtrar a exposição, como persianas e plantas.
Segundo Roseli Hernandes, diretora do Secovi-SP (sindicato da habitação), as construtoras estão atentas ao fator "big brother" nas unidades e têm adotado estratégias para atenuá-lo.
BIG BROTHER
Em muitos casos, o imóvel vale à pena mesmo com a tal janela "big brother". Nessas horas, o jeito é buscar formas de amenizar a intimidade com a vizinhança.
O recurso mais indicado por arquitetos é a persiana. Disponível em materiais como madeira, alumínio e tecido, ela impede a visão de fora para dentro e não bloqueia totalmente a entrada de luz.
A arquiteta Clara Reynaldo, da CR2 Arquitetura, indica as coberturas feitas em tecido thermoscreen. "É uma tela que protege os móveis contra raios ultravioleta e permite ver o exterior".
A cortina também é uma opção. "Ela pode ser usada com um voal [tecido translúcido] no centro e xales laterais, que dão mais privacidade quando os moradores forem dormir", diz Mônica Becker, arquiteta e decoradora.
Leticia Lampert/Divulgação

Independentemente do recurso usado, bom senso nunca é demais se você tiver o apartamento devassado.
O aposentado José Gilberto Tiso, 56, decidiu não instalar cortinas nos quartos de seu apartamento na Pompeia (zona oeste), pois a mulher tem bronquite. A solução foi estabelecer um acordo tácito com o companheiro de janela: "Se ele está com a dele aberta, eu fecho a minha."
Apartamentos como o de Tiso foram retratados pela fotógrafa gaúcha Letícia Lampert. Seu ensaio "Conhecidos de Vista" (leia entrevista ao lado) foi vencedor do prêmio Pierre Verger de fotografia, na categoria inovação e experimentação.
DESNIVELADOS
Em construções recentes, as incorporadoras têm procurado instalar as janelas de um novo empreendimento em posição diferente das do vizinho, para que as vistas não coincidam totalmente.
Outra medida é projetar os empreendimentos de forma que fiquem voltados para o vizinho cômodos como a cozinha ou a área de serviço.
"O mais importante é o layout do imóvel. O arquiteto do empreendimento, ponderando o sol, a ventilação e a vizinhança, busca deixar as áreas menos nobres da casa viradas para o vizinho próximo", diz Odair Senra, vice-presidente imobiliário do Sinduscon-SP (sindicato da construção).
Fonte: Folha.com

sexta-feira, 21 de junho de 2013

10 dicas de decoração para valorizar seu imóvel até 30%

Administradora imobiliária dá dicas para proprietários que querem valorizar sua propriedade para locação ou venda


Quanto mais "clean" for a decoração, melhor será a aceitação do imóvel por diferentes tipos de compradores - Foto: Divulgação
Quanto mais “clean” for a decoração, melhor será a aceitação do imóvel por diferentes tipos de compradores – Foto: Divulgação
A Habitacional, uma das maiores administradoras imobiliárias do Brasil, acaba de lançar um serviço de preparação e decoração de imóveis para locação, o Pronto para Alugar, que conta com o “know-how” de construtoras que atuam há anos no mercado imobiliário. Lana Romani, diretora de novos negócios da Habitacional e uma das responsáveis pelo projeto, revelou alguns dos principais segredos em termos de acabamento e decoração para que o proprietário agregue valor ao seu imóvel novo na hora da venda e da locação.
Segundo ela, o imóvel decorado pode valer 30% mais do que outro que não esteja nas mesmas condições. E um imóvel preparado vale pelo menos 20% mais do que um imóvel sem os itens básicos.
“Um imóvel decorado tem tudo, até cama, televisão e sofá. Esse tipo de imóvel normalmente é alugado por executivos e a decoração, apesar de limitar o público algumas vezes, eleva o valor da locação, pois o morador não precisa investir em móveis, enxoval, etc.”, afirma Lana. Já o imóvel preparado para locação, explica ela, é o imóvel novo, recém-entregue pela construtora, mas que já tem piso instalado, armários, box e outros itens essenciais.
O proprietário costuma gastar algo como 20% do valor da propriedade para decorá-la e 6% para prepará-la, segundo Lana. Apesar do gasto comer parte do ganho que pode ser obtido depois com a valorização, o investimento, ao menos na preparação do imóvel, é essencial para quem pretende alugar a propriedade. “Hoje em dia, o locador não se interessa por imóveis que não tenham o mínimo de estrutura para morar, nem que o aluguel seja mais barato. Ninguém mais tem tempo para buscar fornecedores, comprar tudo e contratar os instaladores”, diz.
E para quem quer vender o imóvel, ao prepará-lo ou decorá-lo, além de tornar o imóvel mais atrativo e vendê-lo mais rápido – o que é importante em um momento de mercado imobiliário aquecido-, é possível vendê-lo por um preço que compense o investimento e ainda garanta alguma margem de lucro. E em se tratando de bens de altos valores, ao conseguir um lucro de 5% na venda do imóvel, isso já pode significar um retorno de 25 mil reais se o imóvel for vendido a 500 mil reais, por exemplo.
Veja a seguir as principais dicas de Lana Romani para elevar o valor do seu imóvel.
1) Use materiais duráveis e de fácil manutenção
Segundo Lana, o segredo para um bom acabamento é trabalhar com itens de qualidade, durabilidade e de fácil manutenção. As cores devem ser sempre neutras, visando agradar a diferentes tipos de proprietários.
2) Prefira pisos de madeira, porcelanato ou que imitem o aspecto da madeira
O tipo de piso mais recomendado é o de madeira, mas como ele pode ser um pouco mais caro, existem algumas alternativas.
A primeira é o piso laminado, mais popularmente conhecido como “carpete de madeira”. A vantagem desse piso é o baixo custo e a facilidade de manutenção, já que para limpá-lo basta apenas um pano úmido. E a desvantagem seria a menor durabilidade e o maior ressoamento, já que esse tipo de piso não abafa tanto o som.
Os pisos vinílicos que imitam madeira seriam outra alternativa. Eles são conhecidos por ter um bom custo-benefício: não são tão caros quanto o piso de madeira e têm as vantagens de não escorregar, de ter fácil limpeza (basta água e sabão), além de serem silenciosos e não fazerem o típico barulhinho de salto, ideais para apartamentos.
Para quem estiver disposto a investir um pouco mais no piso, a melhor indicação é mesmo o piso de madeira, que agrada diversos tipos de compradores, tem maior durabilidade, pode ser tratado e rejuvenescido muitas vezes e garante um aspecto ainda mais elegante ao ambiente. “Os pisos vinílico e laminado precisam ser trocados em menos tempo. Já o piso de madeira pode ser trocado só depois de 20 anos e para fazer sua manutenção basta lustrá-lo com resinas Bona”, afirma a diretora da Habitacional.
Além dos pisos de madeira, ou que imitam o seu aspecto, outra opção é o porcelanato, que pode ser mais barato que o piso de madeira e é um piso frio, que tem boa durabilidade e fácil manutenção. Se a opção for por esse tipo de piso, os mais indicados são os porcelanatos mais claros, que garantem ao ambiente uma sensação de amplitude.
Para os banheiros e cozinhas, o mármore é o melhor tipo de piso, mas como seu valor é elevado, o porcelanato pode ser a melhor alternativa para proprietários que não desejam gastar muito com o acabamento.
3) Use cores neutras na pintura
Sobre a pintura, a principal dica é trabalhar com cores neutras. “Por mais que o proprietário goste de uma parede vermelha ou de tijolos, para dar uma aparência de loft, não se sabe para quem o apartamento será locado, então o melhor é ir no básico”, afirma Lana.
Ela ressalta que o uso de cores neutras não significa que todos os cômodos devem ser pintados de branco. “O apartamento todo branco pode deixar o ambiente muito frio, já um nude ou bege podem remeter ao aconchego e o morador depois pode colocar alguma cor a seu gosto, com uma almofada ou uma colcha colorida”, avalia.
4) Use iluminações diferentes para cada ambiente
Segundo Lana, o cuidado com as luzes é essencial, pois a iluminação certa pode valorizar muito o ambiente. Para a iluminação dos quartos, o mais recomendável são as luminárias do tipo plafon, que abafam um pouco a luz e dão uma sensação de aconchego. Para quem puder gastar um pouco mais, também são indicados os spots com lâmpadas dicroicas, que são embutidos em forros de gesso.
Já para ambientes como cozinha e lavanderia são indicadas luminárias fluorescentes, que garantem uma iluminação mais direta e clara.
5) Invista na qualidade dos armários
O investimento em marcenaria pode ser bem alto e costuma representar 40% do gasto total com o acabamento. Por isso, é importante que o material e o serviço sejam da melhor qualidade. Os armários precisam ser bastante funcionais e mais uma vez vale a regra do “quanto mais neutro melhor”. “O ideal é que os armários sejam branquinhos e neutros, no máximo com algum acabamento que imite uma textura. Tem gente que acha lindo armário preto, mas a cor personaliza demais os cômodos e pode desagradar os compradores”, diz Lana Romani.
E para descobrir se o serviço e o material têm qualidade, a orientação é buscar empresas consolidadas no mercado e marceneiros com alguns anos de experiência. Também deve ser feita uma análise do material, checando qual será o tipo de madeira usada e avaliando se as portas se abrem com facilidade, se não fazem barulho e se as gavetas correm com facilidade.
Os box mais indicados são os de vidro temperado, com portas de correr. Os vidros temperados possuem uma resistência cerca de quatro vezes maior do que a dos vidros comuns. Ao se romper, seus estilhaços têm arestas menos pontiagudas, o que reduzi os riscos de acidentes graves.
7) Dê preferência a puxadores neutros
Apesar da enorme variedade, para não ter erro, os puxadores devem ser cromados ou brancos. “Quanto mais clean, melhor”, sugere Lana Romani.
8) Utilize espelhos para ampliar o ambiente
Muito recomendados em projetos de decoração de pequenos ambientes, os espelhos dão a sensação de amplitude, por isso também podem ajudar muito na valorização do imóvel. No banheiro, a dica é usar um espelho que ocupe o espaço todo entre a pia e o teto. E na sala ou no quarto, uma das paredes pode ser espelhada por inteiro, não só para causar a sensação de que o cômodo é mais amplo, mas também mais sofisticado.
9) Aposte em móveis retos
A principal dica sobre as mobílias é apostar em móveis retos e fugir do estilo “rococó”, que seriam os móveis antigos, com curvas, ornamentos e motivos florais. Os móveis não devem ser muito pesados, nem carregados em cores e estilos.
Os sofás devem ser retos e ter assentos grandes para garantir maior conforto. A mesa também deve ser básica. “Uma mesa de madeira pode ser muito linda e chique, mas para o proprietário, outras pessoas podem não gostar”. As mesas mais recomendadas seriam as com tampo de vidro e com base cromada.
Sobre a cama, as do tipo box são as mais indicadas. Dê preferência às maiores camas que couberem no quarto, mas sem deixar o espaço apertado. Segundo Lana, as camas de tamanho “casal” não são mais tão usadas, por isso o ideal é que o tamanho seja no mínimo “queen”.
10 ) Prefira eletrodomésticos em inox
Os eletrodomésticos podem ser brancos, que são as cores mais clássicas, mas os mais recomendados são os de inox, que têm feito muito sucesso por deixarem o ambiente com um ar mais sofisticado. “A linha branca é sempre procurada, mas não tem uma pessoa que não goste dos eletrodomésticos em inox, que hoje em dia são os preferidos”, diz Romani.
Fonte: Imovelweb

terça-feira, 18 de junho de 2013

Decore sua sala com tapetes e dê um toque de aconchego ao espaço

Os tapetes criam um clima de conforto e aconchego nos ambientes, principalmente no inverno. Inspire-se!


Os tapetes podem ser utilizados de várias formas, conforme gosto do morador. Foto: Divulgação
Os tapetes podem ser utilizados de várias formas, conforme gosto do morador. Foto: Divulgação
Os tapetes são peças simples e de muita versatilidade, que podem ser encontrados em diferentes cores, modelos e materiais. Eles se tornam elementos decorativos muito acessíveis, devido as grandes alternativas e variedades de preço. Os tapetes são muito importantes na hora de criar um clima de conforto e aconchego para os ambientes, principalmente na sala. No inverno eles não podem faltar na decoração para deixar a casa mais quentinha e charmosa, e no verão eles podem ser substituídos por peças mais simples, também ajudando a equilibrar a temperatura dos espaços.
Além dos benefícios térmicos, os tapetes são elementos decorativos fundamentais em qualquer decoração. Eles são responsáveis por harmonizar e interligar os ambientes. Uma sala sem tapete parece vazia e sem charme. Com todas as vantagens não dá para deixa-los de fora da composição da casa, não é mesmo? Para facilitar a escolha, nós preparamos algumas dicas e sugestões que vão lhe ajudar a investir no tapete certo para a sua sala.
O mais indicado é que o tapete seja o último detalhe a ser escolhido para a decoração. Assim é possível que você analise todo o conjunto da decoração e não cometa nenhum exagero na hora da escolha da peça. Agora se você deseja que o seu tapete seja a grande estrela do ambiente, deve começar por ele e optar pelos móveis a partir do design e das cores da sua peça.
Quando a sala é composta de cores muito intensas nos móveis grandes, como o sofá, o ideal é investir em um tapete de tons neutros, para encontrar o equilíbrio. Quem optar por mais que um tapete no mesmo espaço, deve se manter atento quanto às estampas. A melhor alternativa é apelar para o bom senso e buscar a harmonia das peças.
Na sala de estar o recomendado é investir em uma peça grande que fique localizada bem ao centro, entre os sofás e poltronas. Essa disposição garante o conforto para o ambiente. Muitas pessoas pensam que o tapete deve ficar com as pontas embaixo do sofá. Porém essa prática dá a impressão de que você optou por um tamanho inadequado. O ideal é deixar uma parte do piso à mostra, como se fosse uma moldura.
Fonte: Imovelweb

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Cresce procura por apartamentos "nas nuvens" em NY

11/06/2013 - 12h37 
ROBIN FINN
DO "NEW YORK TIMES"

Enquanto alguns urbanoides negociam a paz com a dinâmica hiperacelerada de Nova York, outros escapam dela sem sair da cidade. A estratégia usada é um estilo de vida agressivamente vertical, que vem sendo facilitado por construtoras imobiliárias.
Os compradores que podem arcar com os preços de apartamentos situados nas nuvens disputam a tapas os espaços nos pontos mais altos da cidade. Vista dessa altura, Nova York é pitoresca. Há vistas deslumbrantes, além de uma vantagem que não existe no nível da rua: o silêncio.
Os adicionais de preço pagos por altura frequentemente são da ordem de 1% a 2% a mais por cada piso ascendente. Os preços podem subir entre 10% e 30% no caso de apartamentos mais altos que as copas das árvores do Central Park ou que os edifícios vizinhos. De acordo com Michael Vargas, executivo-chefe da Vanderbilt Appraisal, é de praxe acrescentar um adicional de 10% "se existem vistas especiais que melhoram à medida que você vai subindo de andar no edifício".
O que os nova-iorquinos mais valorizam num apartamento? Altura, luz natural e vistas abertas. "Uma bela vista é algo que nunca sai de moda. Paz e silêncio também não", comentou Chandra Tyler, corretora imobiliária da Bellmarc Realty.
Agindo por impulso, um cliente dela, Ezra Sharon, pôs à venda por US$ 2,25 milhões seu apartamento de cobertura e dois quartos, com deslumbrante terraço aberto de 93 metros quadrados. Mas, assim que chegou uma oferta razoável, o cliente subiu o preço pedido para US$ 2,49 milhões.
"Acho que ele é realmente 'viciado' na altura e na vista", disse a corretora. O apartamento de cobertura acabou sendo tirado do mercado. "Num dia bonito, posso ver cinco pontes, o Central Park e o rio East", comentou Sharon. "Num dia nublado, a vista desaparece e você sente como se estivesse num avião. Viver aqui tem sido a realização de um sonho. "
Piotr Redlinskii/Reprodução/Thenewyorktimes
Vista do apartamento de Dmitri Siegel, localizado no 8 Spruce, em Manhattan
Vista do apartamento de Dmitri Siegel, localizado no 8 Spruce, em Manhattan
Daria Salusbury, vice-presidente sênior de leasing de imóveis de luxo na Related Companies --cujo edifício One MiMA Tower é perfeito para os fãs do chamado estilo de vida vertical-, comentou: "As vistas como as que se tem de um avião são a nova onda do futuro residencial".
O paisagista Andrew Vogel e o dermatologista Donald Savitz possuem uma casa em Bedford, no Estado de Nova York, onde passam os fins de semana. Dois anos atrás, eles alugaram um apartamento pequeno de dois quartos no Midtown para ficarem durante o resto da semana.
Situado no 47° andar, o apartamento tinha vistas surpreendentes que os levaram a querer mais. O edifício que mais os fascinou foi o One MiMA Tower, no West Side de Manhattan.
"Quanto mais alto subíamos, mais gostávamos", contou Vogel. "Entramos no apartamento e as vistas para o leste, o sul e o oeste eram literalmente de tirar o fôlego. Acho que nos apaixonamos pelos azuis: o céu e os rios."
Vogel contou que, do apartamento deles, no 55° andar, "vemos a Estátua da Liberdade, o edifício Empire State, o rio Hudson e até uma parte do Central Park. Vemos as tempestades chegando de Nova Jersey. É um apartamento incrível. Quando não estamos lá, sinto falta dele."
Os dois pagam US$ 23 mil mensais de aluguel e estão prevendo uma mudança permanente. "O grande problema", explicou Vogel, "é que, quando formos comprar, não vamos querer ir para um andar mais baixo".
Um edifício situado no endereço 8 Spruce Street, em Lower Manhattan, também conhecido como New York by Gehry, é hoje o edifício residencial ocupado mais alto da cidade, com 76 andares.
Os aluguéis mensais dos três apartamentos de cobertura custam a partir de US$ 25 mil, segundo Susi Yu, vice-presidente sênior de desenvolvimento comercial e residencial da Forest City Ratner Companies. "As pessoas que querem essas vistas não vão morar num edifício com layout convencional. Elas buscam espaços singulares", disse.
Mitch Draizin e Philippe Brugère-Trélat pediram a Noble Black, vice-presidente sênior do Corcoran Group, que encontrasse para eles um "ninho de águia" no East Side. "Muitos apartamentos em Nova York dão de frente para uma parede de tijolos", explicou Brugère-Trélat.
Quando Noble sugeriu a visita a um apartamento no 63° andar do edifício Trump World Tower, perto do Central Park, eles hesitaram. Mas foi amor à primeira vista. Eles criaram uma área de "living" dominada por um paredão de 12 metros de janelas.
"É quase como estar em um avião", comentou Brugère-Trélat. "Meu único medo é que uma falta de luz deixe os elevadores inoperantes."
Dmitri Siegel vive no 60° andar do edifício 8 Spruce Street e não compartilha esse receio.
Além de vistas do porto, dos rios, das pontes e da paisagem de Nova York, ele descobriu uma vantagem adicional: a escada interna do prédio de 76 andares. Ele a sobe cinco vezes por semana para se exercitar.
Piotr Redlinskii/Reprodução/Thenewyorktimes
Apartamento nas 'nuvens' em Manhattan
Apartamento nas 'nuvens' em Manhattan
Fonte: Folha.com

quarta-feira, 12 de junho de 2013




Índice que mede custo de vida em 




SP praticamente dobra em maio 





ICV variou 0,61%, ante alta de 0,31% em abril, diz Dieese. 
Preços dos grupos saúde, habitação e alimentação tiveram maiores altas.

A inflação na cidade de São Paulo medida pelo Índice do Custo de Vida (ICV) praticamente dobrou em maio na comparação com abril. Pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada nesta segunda-feira (10), indica variação de 0,61% no mês, ante alta de 0,31% em abril. Em março, a variação foi de 0,78% na comparação mensal.

A pesquisa destaca que a elevação no grupo saúde contribuiu com 0,35 ponto percentual no resultado da inflação de maio. Os maiores aumentos se deram na assistência médica (2,6%), consequência principalmente da alta nos seguros e convênios (3,08%). No subgrupo dos medicamentos e produtos farmacêuticos o reajuste foi de 1,94% que, somado à elevação de abril, acumula taxa de 5,5% no último bimestre.
Os grupos com maiores altas foram saúde (2,47%), habitação (0,92%) e alimentação (0,22%), que juntos contribuíram com 0,62 ponto percentual no cálculo do índice geral.
O maior aumento dentro de habitação se deu no subgrupo operação (1,16%), seguido da locação, impostos e condomínio (0,75%) e, com menor variação, o subgrupo conservação (0,43%). Os itens da operação do domicílio com maiores altas foram gás de botijão (4,59%), serviços domésticos (1,52%) e tarifa de água e esgoto (1,77%). Na locação, impostos e condomínio, as taxas de seus componentes foram condomínio (1,37%), impostos (0,53%) e locação (0,22%). O material de construção (0,90%) foi responsável pelo aumento do subgrupo da conservação, pois a mão de obra da construção civil não sofreu alteração, diz o Dieese.
Apesar da alta de 0,22%, dois dos subgrupos que compõem a alimentação apresentaram variações negativas, com o custo dos produtos in natura e semielaborados recuando 0,04%, e o de produtos da indústria alimentícia baixando 0,02%. No entanto, a alimentação fora do domicílio apresentou alta acentuada de 1,18%.
A maioria dos subgrupos de equipamento doméstico, que recuou 0,93%, apresentou deflação em seus preços, notadamente os móveis (-3,33%); com taxa positiva apenas os eletrodomésticos (0,66%).
O grupo transporte registrou taxa negativa de 0,19%, com queda no subgrupo individual (-0,28%), principalmente pela diminuição dos preços de combustíveis (-0,73%). O transporte coletivo não teve alteração nas tarifas.
Inflação acumulada
Nos últimos 12 meses, de junho do ano passado a maio de 2013, o ICV teve aumento de 6,87%. “Quando se considera o poder aquisitivo, verifica-se que a variação acumulada anual foi mais elevada para as famílias de menor nível de rendimento (...), segmento para o qual a taxa chegou a 6,96%”, destaca o Dieese.
Nos primeiros cinco meses do ano, a inflação acumulada chega a 3,63%. Variações superiores ao total acumulado neste ano foram observadas para os grupos despesas pessoais (8,51%), educação e leitura (6,35%) e saúde (5,90%). Taxa semelhante ao índice foi verificada na alimentação (4,22%).
Foram registradas taxas abaixo da média nos grupos transporte (2,50%), habitação (1,27%), vestuário (1,14%), recreação (0,69%) e despesas diversas (0,16%). Houve queda apenas no grupo equipamento doméstico (-0,61%) ao longo de 2013.
Fonte: G1

terça-feira, 11 de junho de 2013

Porcelanato ganha na praticidade, mas oferece armadilhas

O porcelanato virou um hit em lançamentos e reformas nos últimos três anos, desde que a produção nacional se intensificou e os preços desaceleraram. E a oferta, hoje, é farta: é possível achar peças que imitam madeira e pedra, reproduzindo textura e cores.

Essa versatilidade, para alguns, traduz-se em praticidade e sofisticação e, para outros, em "gosto questionável". No meio do caminho, há o critério funcionalidade.
"Acabo usando o porcelanato na área de serviço devido à praticidade. Mas é preciso conhecer bem o produto para que, no futuro, o cliente não fique insatisfeito com riscos e manchas", diz a arquiteta Marina Linhares, que prefere pedras naturais, por considerá-las mais bonitas e sofisticadas.
Victor Moriyam/Folhapress
O auxiliar Jean Rodrigues, 30, em sua cozinha revestida com porcelanato preto brilhante
O auxiliar Jean Rodrigues, 30, em sua cozinha revestida com porcelanato preto brilhante
As peças podem ter acabamento brilhante, semibrilhante ou rugoso. Segundo Ana Paula Menegazzo, superintendente do CCB (Centro Cerâmico do Brasil), o porcelanato brilhante está mais suscetível a riscos e deve ser evitado em "ambientes expostos a areia e outros materiais abrasivos."
Um risco iminente também é o da queda. "A resistência ao escorregamento não é característica nata de superfície do produto, mas uma condição. Só que muita gente opta pelo porcelanato somente pelo visual e se esquece da segurança", diz Menegazzo.
Ela recomenda que o consumidor investigue se a rugosidade oferecida pelo fabricante é a ideal para o tipo de uso que o material terá.
Para as áreas molhadas, como banheiro, cozinha e área de serviço, os profissionais recomendam peças com coeficiente de atrito maiores de 0,4%, como o do produto rugoso. Essa informação costuma estar no catálogo do produto, disponível nas lojas e também na internet.
A absorção de água é o indicativo de porosidade da peça e o fator que diferencia o porcelanato de outros materiais (que tentam se passar por ele).
No esmaltado (brilhante), a absorção de água é menor ou igual a 0,5%, enquanto, no polido (com brilho variável), tem que ser menor ou igual a 0,1% -fator que pesa no preço, já que o processo de fabricação tem que ser "mais rigoroso".
Peça grande é opção para consultórios
O porcelanato virou uma alternativa para consultórios médicos. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determina o uso de pisos (cerâmicos ou não) com absorção específica, que sejam laváveis e tenham poucas emendas. As peças de porcelanato de 0,9 m x 1,2 m cumprem o papel e são uma boa opção.
Piso brilhante na cozinha exige rigor na limpeza
O auxiliar administrativo Jean Rodrigues, 30, conta que a escolha pelo porcelanato brilhante na cozinha foi uma questão estética. "Valoriza o ambiente, mas o piso precisa estar sempre seco, para evitar escorregões", afirma.
O analista de sistemas Armando Junior, 27, diz ter aprendido a lição após fazer a mesma opção. "É bastante deslizante. E nem precisa estar molhado, basta estar um pouco sujo, e a sola do sapato ser lisa", diz ele. "O banheiro terá piso fosco."
No estande das construtoras, não é diferente, já que muitos empreendimentos preveem porcelanato no piso da cozinha, área de serviço e banheiro. "A dúvida é sempre sobre o tamanho e a cor", diz o corretor Rafael Perez Rodrigues, 27, que vende imóveis novos na zona sul.
Em relação ao tamanho das peças de porcelanato, as tradicionais (0,3 m x 0,3 m e 0,4 m x 0,4 m) caíram em desuso, segundo Marcos Serafim, do CCB.
"As mais procuradas são as grandes, com tamanhos a partir de 0,6 m x 0,6 m. No oposto, há pastilhas pequenas, com cores vibrantes e formatos variados."
Fonte: Folha.com

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Programas sobre busca de imóveis e decoração despontam na TV

A compra de uma casa ainda é um projeto, mas a nutricionista Laura Tafner, 23, fala do assunto com segurança. Ela diz que será preciso bom senso e saber fazer concessões.
Ser modesto na aquisição do primeiro imóvel é uma das principais lições de Sandra Rinomato, corretora canadense e apresentadora do "Property Virgins" -programa sobre a compra imóveis preferido de Tafner-, exibido pelo canal pago Fox Life.
Rinomato auxilia compradores de primeira viagem a realizar o sonho com os pés no chão. "Comece com um imóvel mais barato e talvez a próxima casa seja no bairro dos sonhos", diz a corretora à Folha.
O gerente de programação da Fox Life, Altair Barboza, relaciona o aumento na oferta desse tipo de programa ao boom imobiliário de 2010. "As pessoas buscam ajuda para adquirir o imóvel e criatividade para decorá-lo."
Dicas de decoração são outro segmento em ascensão. Só a Fox Life exibe hoje seis programas -e planeja novas séries e temporadas. O canal GNT incluiu três atrações na grade após pesquisa, em 2010, revelar o interesse pelo tema. "São programas com muitos pedidos. O público quer saber os detalhes dos ambientes", diz Mariana Novaes, gerente da GNT.

Sandra Rinomato apresenta o programa "Property Virgins" que em fevereiro entrará na décima temporada
Sandra Rinomato apresenta o programa "Property Virgins" que em fevereiro entrará na décima temporada
O primeiro imóvel precisa ser modesto, diz corretora
"Quer comprar uma casa? Então, venda o carro". Essa é uma das dicas categóricas da corretora canadense Sandra Rinomato, no programa "Property Virgins" (proprietários virgens), na Fox Life.
O objetivo do "reality", criado em 2006, é ajudar iniciantes a comprar o primeiro imóvel, sem prejudicar a vida financeira. Confira os principais trechos da entrevista.
Folha - Você costuma dizer que os compradores não sabem nada sobre a primeira compra. A que se refere?
Sandra Rinomato - Eles veem muitas casas, mas nunca com os olhos de um proprietário. Então, não entendem o que é importante procurar ou o que evitar. Um bom corretor pode ajudar a focar nas prioridades.
E no que as pessoas devem se concentrar?
Esse é apenas o primeiro passo na "escada" da propriedade. O comprador precisa se concentrar em suas necessidades e não, no que ele quer. Quem não entender isso não poderá comprar uma casa, porque sempre estará esperando o lugar perfeito.
Por onde começar?
Avalie a sua vida. É o momento certo para comprar uma casa? Entenda o que está envolvido, como impostos e manutenção, e quanto dinheiro será necessário. Não tome uma decisão por se sentir pressionado, para tentar manter as aparências ou porque você sente que precisa ser o próximo passo.
Quais as diferenças entre a primeira e a segunda compra?
A primeira casa precisa ser modesta e acessível -não tão chique quanto você deseja e talvez fora de sua localização favorita. Muitas vezes, a primeira casa é adquirida por um casal, que não sabe ainda como usar o espaço. O segundo, em geral, vem de uma mudança de vida. Analise essas novas necessidades. Neste momento, talvez já sejam possíveis extravagâncias.
Quando é melhor viver de aluguel?
A locação é recomendável se você não não tiver crédito e não tiver certeza sobre onde vai trabalhar. Você também pode ter que poupar mais dinheiro antes de comprar uma casa. Nesse caso, se alugar, tenha um bom plano para suas finanças. Sem nenhum plano, você pode continuar no aluguel por muitos anos e com nenhum dinheiro guardado para comprar uma casa.
Editoria de Arte/Folhapress
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Fonte: Folha.com

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Preço do metro quadrado no Brasil sobe 1% em maio

Segundo Índice Fipe/Zap, Rio de Janeiro tem metro quadrado mais caro e Curitiba teve a maior alta de preços em maio na comparação entre 16 cidades

Curitiba
Preço médio do metro quadrado em Curitiba subiu para R$ 4.063 em maio, alta de 3,3%  
São Paulo - O Índice FipeZap Ampliado, que acompanha os preços dos imóveis à venda na internet em 16 cidades brasileiras, registrou alta de 1% em maio de 2013, variação ligeiramente menor do que a registrada em abril, quando os preços subiram 1,1%. 
A variação de janeiro a maio de 2013 ficou em 4,9%. Considerando a variação do IPCA no mesmo período, de 2,9% - segundo estimativas do mercado apresentadas pelo Boletim Focus -, o aumento real (acima da inflação) dos preços dos imóveis neste ano no país é de 2%.
No período dos últimos 12 meses, o Índice FipeZap Composto (que inclui apenas as sete cidades cuja série histórica é maior) registrou aumento de 11,9%, mesma taxa observada em abril, mas quase a metade do que havia sido medido em maio de 2012, quando o aumento era de 19,9%.
Dentre as 16 cidades monitoradas pelo índice, Belo Horizonte e Florianópolis registraram as maiores desvalorizações nos preços em maio, de -0,1% e -0,2%, respectivamente. Curitibaapresentou a maior alta no mês, de 3,3%. Em São Paulo, a alta foi de 1% e no Rio de Janeiro, de 1,2%. 
Veja abaixo o preço médio do metro quadrado apurado em maio das 16 cidades acompanhadas pelo Índice FipeZap:
CidadePreço médio do metro quadrado
Média NacionalR$ 6.748
Rio de Janeiro*R$ 9.160
Brasília*R$ 8.346
São Paulo*R$ 7.192
NiteróiR$ 6.701
Recife*R$ 5.313
Belo Horizonte*R$ 5.181
Fortaleza*R$ 5.029
São Caetano do SulR$ 4.874
FlorianópolisR$ 4.677
Porto AlegreR$ 4.467
Santo AndréR$ 4.243
Salvador*R$ 4.124
VitóriaR$ 4.067
CuritibaR$ 4.063
São Bernardo do CampoR$ 4.058
Vila VelhaR$ 3.542
(*) Cidades que representam o Índice Fipe/Zap Composto
Fonte: Exame.com

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Por que você deve comprar um imóvel de qualquer maneira

Ainda que o aluguel seja mais vantajoso para você no momento, saiba por que comprar um imóvel algum dia é importante de qualquer jeitoCasal em sua nova casa

Imóvel é uma segurança para a aposentadoria e ajuda na independência financeira

São Paulo – Embora a casa própria seja um dos maiores sonhos do brasileiro, quem se preocupa em planejar bem as finanças frequentemente se questiona se é melhor morar dealuguel ou comprar um imóvel. Cálculos que mostram que o aluguel pode ser a saída financeiramente mais inteligente não faltam, mas talvez o sonho do brasileiro não seja um delírio coletivo. Por sinal, é economicamente bem inteligente, para quem quer ter independência financeira e uma aposentadoria tranquila.

Ainda que morar de aluguel seja a melhor opção para você neste momento, entenda por que você deve se preparar para comprar um imóvel de qualquer maneira em algum momento da sua vida:

1. Você vai sempre precisar de um teto

Parece óbvio, mas a decisão de comprar um imóvel deve levar em consideração não só questões financeiras, como questões práticas da vida. “Fazer contas para saber se é mais vantajoso comprar ou alugar é bom para uma empresa, mas não para uma família. Independentemente do que acontecer, a família vai precisar de um teto todo santo dia”, diz o consultor financeiro Mauro Calil.

O aluguel carrega em si um risco que pode ser alto, principalmente para quem tem filhos em idade escolar. Contratos de aluguel valem por 30 meses, e após este período, o proprietário pode pedir o imóvel de volta a qualquer momento, a menos que seja feito um novo contrato. Nesta última possibilidade, o aluguel provavelmente será revisto, em geral com reajuste acima da inflação.

No caso de o proprietário pedir o imóvel de volta, ele pode dar apenas um mês para você e sua família saírem. Ou seja, todos terão que sair da casa com a qual já estão acostumados, e talvez até mudar de estilo de vida, pois nem sempre há imóveis de qualidade perto de onde a sua vida acontece: a escola das crianças ou o trabalho dos pais, entre outras atividades.

Por isso, é possível que você tenha que se contentar com uma moradia mais cara ou de má qualidade. Fora a dor de cabeça do processo e os gastos que envolvem a mudança, como a possível compra de novos móveis, reconhecimentos de firma, e retirada de matrícula atualizada do imóvel do fiador, se for o caso.

De posse de um imóvel quitado, essa preocupação deixa de existir, e as mudanças normalmente poderão ser mais planejadas, pois envolvem a venda e a compra de um novo bem. Ainda que o imóvel seja financiado, as parcelas podem diminuir com o tempo, ficando, portanto, mais leves para o bolso.

2. Morar de aluguel não necessariamente significa independência

Morar de aluguel significa ter mobilidade. Se você ainda é jovem, em início de carreira e pode ter que mudar de emprego ou de cidade algumas vezes, provavelmente o aluguel será a melhor saída para você por enquanto. O imóvel próprio pode deixá-lo preso a um local, pois o trabalho e os custos envolvidos num processo de compra e venda são pesados.

Mas para quem já está estabelecido pessoal e profissionalmente e pretende ficar bastante tempo em um mesmo lugar, a compra muito pode ser a melhor saída. Isso porque a posse da própria moradia é uma peça fundamental da verdadeira independência financeira.
Alugar significa depender dos outros: do corretor, da administradora de bens, do proprietário e do fiador. Em cidades onde o mercado de locação é muito aquecido, com muitos inquilinos dispostos a matar e a morrer por uma moradia decente, pode ser bem difícil encontrar atendimento e atenção de qualidade nas imobiliárias.
Proprietários também podem ser cheios de problemas. “Quando estava vendo imóvel para alugar para minha família, encontrei um apartamento perto da escola dos meus filhos que pertencia a quatro irmãos. Imagina ter que negociar com quatro irmãos: sempre haverá um que não estará satisfeito”, observa Mauro Calil.
Fora que o locador pode se envolver em encrencas, como sofrer um processo judicial que ameace seus bens, repassar o valor do aluguel para terceiros de maneira inapropriada ou mesmo estar tentando alugar um imóvel que não é de fato seu, mas de alguém da sua família, o que não tem validade.
Caso o locatário não cheque direitinho todas essas questões, pode acabar entrando pelo cano, nem que seja na hora de declarar o imposto de renda. Ele pode pedir para ver a matrícula do imóvel que vai alugar e outros documentos comprobatórios, como eventuais procurações.
Mas por ser a parte mais fraca, o locatário fica com seu poder de negociação bastante reduzido. Caso o proprietário se recuse a colaborar, o candidato a inquilino vai acabar perdendo o imóvel, ou será pressionado a aceitar as condições que lhe foram dadas, porque “há outros interessados na fila”.
Especialistas em finanças recomendam que o jovem comece a poupar para a compra da casa própria assim que começar a trabalhar, ainda que por ora a transação não seja possível ou vantajosa financeiramente.
“Pode ser simplesmente para dar uma entrada, ou mesmo para pagá-lo à vista, desde que ele separe aquela quantia todo mês e diga ‘isso aqui é a minha casa’”, diz Mauro Calil. “O tempo é o senhor das finanças, e quanto mais tempo você tiver para poupar para a casa própria, menor será o seu esforço”, completa.
Calil acrescenta ainda que, depois de adquirir o imóvel, não é preciso ter pressa para mobiliar. “Comprar as coisas aos poucos é gostoso. Você vê a vida evoluir”, diz.
3. Você poderá ter algo efetivamente seu, de qualidade e com a sua cara
Por mais que um imóvel não quitado ainda não seja efetivamente seu, ele será mais seu do que um imóvel alugado jamais será. Enquanto paga as prestações você já pode reformá-lo ou decorá-lo a seu bel-prazer, além de consertar qualquer problema tão logo ele apareça. Não haverá a burocracia de se pedir a autorização de um proprietário – que pode, ainda por cima, ser irredutível nas exigências.
Além disso, os imóveis disponíveis para alugar, principalmente aqueles bem localizados nos grandes centros, costumam ser de má qualidade, tamanha a disposição dos inquilinos de morar “perto de tudo”, ainda que o imóvel não esteja nas melhores condições.
Outro problema são os imóveis que os proprietários querem alugar já mobiliados. Para quem tem mobília, só resta ser desapegado e se desfazer dela, ou desistir do apartamento, mesmo que ele pareça perfeito.
“É na casa própria que a pessoa tem a sensação de construir um lar. É onde ela vê a recompensa pelo esforço do seu trabalho”, diz Luiz Krempel, CFP, planejador financeiro certificado pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF).
4. Você terá que fazer “poupança forçada”
Esse motivo vale especialmente para quem tem dificuldade de poupar. A casa própria é um bom motivo para poupar – principalmente para quem já é inquilino e quer se livrar do aluguel o mais rápido possível. Mais do que isso: mesmo um financiamento pode ser encarado como uma “poupança forçada”, uma vez que obriga o mutuário a construir uma parcela significativa do patrimônio.
“Quem não tem o hábito de poupar, acaba conseguindo construir um patrimônio com o financiamento imobiliário. Além disso, não é muito fácil ou rápido vender um imóvel, o que é seguro para pessoas que não têm muito controle financeiro”, observa Krempel.
5. Você terá alguma estabilidade para momentos de dificuldades financeiras e para a aposentadoria, além de algo para deixar para seus filhos
Ter de encarar as parcelas de um financiamento em um momento de dificuldade financeira pode ser tão ruim quanto ter aluguel para pagar. Mas ter uma casa já quitada na maturidade traz estabilidade para a família. Isso porque, mesmo antes da aposentadoria, a empregabilidade cai, e a saúde para trabalhar a pleno vapor pode não ser mais a mesma. Ainda que a renda diminua, resta a segurança de se ter um teto.
Pesquisa do HSBC divulgada neste ano mostrou que o brasileiro se prepara muito mal para a aposentadoria e conta demais com os recursos da Previdência Social. Para piorar, os gastos com saúde na terceira idade se tornam ameaçadores. Não ter um imóvel próprio até lá complica demais a situação.
“Uma das grandes seguranças da aposentadoria é ter um imóvel próprio. Se você financia em 30 anos, o ideal é que o imóvel esteja quitado quando a aposentadoria começar. Aquele bem se torna parte do patrimônio da família e acaba ficando para os filhos, o que já é um conforto para os pais”, diz Luiz Krempel.
Em último caso, o imóvel pode ser vendido e trocado por um menor e mais barato, caso a família esteja desesperadamente precisando liberar recursos e cortar gastos.
Para Krempel, é difícil precisar a idade ideal para se comprar um imóvel, pois isso depende do estilo de vida e da carreira de cada um. Mas ele acredita que a hora certa de comprar seja quando a pessoa ou a família já tem alguma estabilidade na carreira e uma reserva de emergência, para não comprometer toda a poupança na transação.
Krempel admite ainda que na hora de planejar ter filhos é tentador querer encaminhar a compra da casa própria. Contudo, o especialista sugere ponderar bem a questão. “Da mesma forma que o aluguel é um risco, a prestação também é. Com todos os gastos que um filho pequeno gera, encarar um financiamento pode ficar muito pesado. O risco de perder o imóvel por falta de pagamento continua a existir. É preciso ter cuidados redobrados”, diz.
O planejador financeiro acrescenta que, caso venham mais filhos do que aqueles planejados inicialmente, o imóvel pode acabar ficando pequeno demais para a família.
Fonte: Exame.com