sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Soluções para acomodar visitas em espaços pequenos

Saiba como organizar sua casa para receber hóspedes
malas na cama

Receber visitas que vêm de longe requer organização e planejamento. Saber quantas pessoas você pode acomodar, o quanto de comida deve comprar, listar que tipos de coisas você deve oferecer aos convidados… Para te ajudar nessa tarefa, conversamos com o arquiteto Allan Feio. Confira as dicas do especialista:

Falta de espaço
Segundo o arquiteto, para recepcionar as visitas com conforto é necessário prestar muita atenção, principalmente se o visitante vai ficar bastante tempo na sua casa. “Para que este hóspede sinta-se em casa, é necessário observar alguns pontos, principalmente no quarto que ele ocupará. Se o quarto for pequeno, esta tarefa pode ficar mais difícil. O ideal é que seja um quanto com banheiro privativo, para que o hóspede tenha mais privacidade. Se não for possível, o cômodo deve ficar mais próximo do banheiro social da casa”, explica.
Quanto à mobília necessária, uma boa alternativa é investir em duas camas de solteiro, estilo box. “Desta forma é possível abrigar duas pessoas individualmente e, caso seja um casal, é só unir as camas. Uma mesinha lateral é importante para apoiar uma luminária, celular e relógio”, aconselha Allan.
Um armário pequeno, com duas portas e espaço para cabideiros, prateleiras e gavetas já é o suficiente para um visitante. Se você não tiver um armário disponível, uma cômoda também é uma solução. “É bom prever também um local para as malas, de preferência na horizontal, para que o hóspede tenha acesso mais fácil aos pertences”, diz o arquiteto.
Itens essenciais para cozinha e banheiro 
Além do quarto arrumado para o hóspede, é importante também deixar o banheiro organizado e a cozinha com suprimentos extra. “Procure saber quais as preferências alimentares do visitante: o que gosta, o que não gosta ou até o que não pode comer. Procure abastecer a despensa e a geladeira com estas coisas”, aponta Allan.
Já no banheiro não podem faltar toalhas e artigos de higiene pessoal, como sabonete, xampu, algodão, fio dental, escova e pasta de dente para o caso do hóspede ter esquecido de trazer.
Decoração aconchegante
Não é somente a organização do local que deixa o hóspede mais à vontade: a decoração também ajuda bastante a criar sensação de conforto nas visitas. “O ideal é optar por uma decoração mais neutra, com tons mais sóbrios, afinal você pode receber hóspedes de várias faixas etárias e de sexo diferente. Esta dica vale para as paredes, colchas, almofadas e cortinas”, explica o especialista.
“É aconselhável não utilizar objetos muito pessoais, como fotografias, troféus e recordações, pois o hóspede pode não sentir-se à vontade. Na dúvida, pense no quarto de hóspedes como um quarto de hotel, que tem objetos mais neutros”, completa.
quarto
Vivi Pelissari/Colaboradora
Visitas que levam pets
Muitas pessoas viajam e não têm com quem deixar o animal de estimação. Nesse caso, acabam até mesmo levando gatos ou cachorros na casa de parentes ou amigos. Se o seu hóspede levar um pet e você tem pouco espaço, não se desespere: sempre existe uma solução!
“Neste caso, se não houver espaço para abrigar o animalzinho no quarto mesmo, o anfitrião deve providenciar um cantinho. Pode ser na lavanderia ou numa varanda coberta, por exemplo, ambientes mais fáceis de limpar. Lá deve haver espaço para as tigelas de comida e água, além de um espaço para as necessidades fisiológicas do animal, que pode ser forrado com jornal. Não pode faltar a caminha. Se o hóspede não tiver levado o local próprio para o animal dormir, dá para improvisar com uma colcha ou edredom velho”, aconselha Allan.
Dicas extras
- Observe a qualidade do colchão. Este item é importante mesmo que seja só por uma noite, mas se torna indispensável se o hóspede for permanecer por mais tempo.
- Deixe à vista toalhas, roupas de cama, travesseiros, colchas e cobertores extras, no caso do hóspede precisar substituir.
- Caso haja espaço disponível, uma TV é muito bem vinda.
Consultoria
Allan Feio – arquiteto

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Como deixar o financiamento do seu imóvel mais leve ou curto

Entenda como funciona a amortização e como usá-la a seu favor para reduzir o valor das parcelas ou o prazo do seu financiamento

Divulgação/Imovelweb
Ilustração de pessoa pensando em dinheiro e imóveis
Ilustração de pessoa pensando em dinheiro e imóveis: FGTS pode ser destinado à amortização
São Paulo – Entrar em um financiamento imobiliário longo – de 20, 30 anos – não necessariamente significa levar todo esse tempo para quitar a sua dívida. Nem quer dizer que o valor das parcelas precisará ser aquele até o fim. Quando entram recursos extras, você pode fazer o que se chama de amortização – adiantar o pagamento ao banco, reduzindo o saldo devedor do seu imóvel, pagando menos juros e acelerando a quitação da casa própria.
Para entender como a amortização funciona, convém compreender como são formadas as parcelas de um financiamento imobiliário. Cada parcela, do início ao fim do prazo, é composta de principal (a parte correspondente ao valor que você pegou emprestado), juros (o que o banco cobra para emprestar) e os encargos (como seguros e outras taxas operacionais).
O saldo devedor – que é o que você amortiza – corresponde, portanto, apenas ao valor que você pegou emprestado. Se seu imóvel custou 400 mil reais, e você financiou 300 mil, seu saldo devedor é de 300 mil, independentemente de quanto você tenha que pagar de juros e encargos.
De acordo com Marcelo Prata, presidente da Associação Brasileira dos Correspondentes de Empréstimo e Financiamento Imobiliário (Abracefi) e sócio-fundador da consultoria Canal do Crédito, o sistema de amortização mais usado atualmente é a tabela SAC (Sistema de Amortização Constante).
Nesse sistema, o valor amortizado mês a mês é contante, mas no início do financiamento são pagos mais juros do que no final, o que faz com que as parcelas diminuam com o tempo. Assim, se um financiamento começa com uma parcela de 1.000 reais, na qual 500 reais são referentes ao principal, os demais 500 reais correspondem a juros e encargos. Na última parcela, 500 reais corresponderão ao principal, mas uma quantia bem menor - digamos, 5 reais - serão referentes a juros e encargos.
Suponha um financiamento de 100 mil reais, cuja primeira parcela seja de 1.000 reais e 500 reais sejam referentes à amortização. No segundo mês, o saldo devedor será de 99.500 reais, e não de 99 mil reais, como uma subtração simples poderia sugerir. É esse saldo devedor de 99.500 reais que o devedor pode amortizar se tiver recursos extras.
Duas opções: redução do prazo ou do valor das parcelas
Portanto, quando você amortiza o saldo devedor do seu financiamento imobiliário, na prática você está deixando de pagar os juros e encargos que incidiriam sobre a quantia amortizada. Como você está pagando o banco antes do que ele inicialmente esperava receber, a instituição não cobra os juros sobre aquela quantia.
Essa é a primeira vantagem da amortização. A segunda é a possibilidade de escolher o melhor caminho para o seu planejamento financeiro.
Os bancos dão duas opções ao cliente quando ele deseja amortizar a dívida. Uma é manter o valor das parcelas e diminuir o prazo. A outra é manter o prazo e reduzir o valor das parcelas. “A primeira opção é boa para quem não sente que as parcelas estejam pesando no bolso, pois é possível quitar o imóvel mais rápido; já a segunda opção é interessante para quem precisa dar um alívio no orçamento”, aconselha Marcelo Prata.
Prata lembra que no Brasil não existe penalidade para quem financia por um prazo maior. A taxa de juros para determinada pessoa em determinado banco costuma ser a mesma para um prazo de dez ou de 30 anos, desde que ela tenha capacidade de pagamento em ambos os prazos. Assim, não há necessidade de se esforçar para quitar o imóvel logo se a parcela está deixando o devedor no aperto. Para o presidente da Abracefi, se esse for o caso, melhor reduzir as parcelas e manter o prazo.
Autor de livros sobre endividamento, o consultor financeiro e advogado de Direito do Consumidor Ronaldo Gotlib lembra, contudo, que ao pagar até o fim do prazo estipulado inicialmente, o devedor pode ter uma surpresa desagradável: “Às vezes há um saldo residual, que faz com que o financiamento ultrapasse o prazo inicialmente estipulado”, observa. Portanto, se essa for a escolha, convém se planejar para isso.
Gotlib afirma ainda que hoje em dia os bancos não costumam mais encrencar com quem tem dinheiro na mão para quitar o saldo devedor de uma vez, antecipando o término do financiamento. “Esse é um direito de quem contrata um financiamento. Quanto mais você antecipa o pagamento, menos juros você paga”, diz Gotlib.
Se a correção for pós-fixada, pode valer a pena reduzir o prazo
Os juros dos financiamentos são sempre definidos no ato da contratação, mas podem ou não ter um índice de correção pós-fixado, normalmente a Taxa Referencial (TR). Assim, o financiamento pode ter, por exemplo, uma taxa de juros fixa de 12% ao ano, sem correção, ou uma taxa de 9% ao ano, mais correção pela TR.
No segundo caso, o devedor conta com um elemento de incerteza, que pode fazê-lo pagar, ora mais, ora menos, dependendo da flutuação da taxa básica de juros, a Selic. Assim, quando a Selic tem tendência de alta, como ocorre hoje, a TR também sobe, engordando o juro pago ao banco.
Quem financia nessa modalidade, portanto, pode achar mais interessante reduzir o prazo do financiamento do que o valor das parcelas na hora da amortização. Afinal, quanto menor o prazo, menor a exposição às incertezas da economia. “Mas mesmo que haja alta da Selic, a forma como a TR é calculada costuma puxá-la para baixo”, explica Marcelo Prata, que julga que eventuais altas na TR não chegam a ter muito impacto no custo do financiamento.
Para quem financia diretamente com a construtora, porém, optar pela redução de prazo na hora de amortizar é bem mais vantajoso. Isso porque, nesses casos, o juro é corrigido pela inflação – em geral, pelo IGP-M. “Aí, de fato, quanto maior o prazo, maior o risco de a taxa de juros ter uma alta substancial com o aumento da inflação”, observa o presidente da Abracefi.
Use o FGTS para amortizar
Se você for empregado com carteira assinada, pode fazer uma amortização a cada dois anos com os recursos do seu FGTS. “Só é preciso tomar cuidado, porque o FGTS também é uma espécie de seguro para quando se é demitido sem justa causa”, lembra Marcelo Prata.
Do ponto de vista financeiro, usar o FGTS para amortizar o saldo devedor é ótimo, pois no fundo o dinheiro só rende 3% ao ano mais TR, perdendo da inflação. Mas para não ficar desprotegido em caso de demissão, o trabalhador deve se preocupar em ter uma reserva de emergência em uma aplicação conservadora, suficiente para cobrir pelo menos seis meses das suas despesas. E essa quantia não deve ser usada para amortizar o financiamento.
Na hora de usar o FGTS, porém, é preciso ficar atento à modalidade escolhida. Existem duas formas de usar o seu FGTS no meio do financiamento (sem ser como entrada ou para pagar o imóvel à vista): uma é a amortização propriamente dita. A outra é a quitação de parcelas vencidas ou a vencer.
Na quitação de parcelas, você não paga só o saldo devedor, mas sim as parcelas cheias, compostas por principal, juros e encargos. Assim, se você usa 6 mil reais do seu FGTS para quitar antecipadamente três parcelas de 2 mil reais cada, você estará pagando não só o principal, mas os juros e os encargos embutidos nessas parcelas. Como contrapartida, terá o direito de ficar sem pagar nada durante três meses.
A vantagem dessa modalidade, em que você não deixa de pagar os juros e encargos, é a possibilidade de ter uma folga durante certo período. “Essa modalidade só deve ser usada por quem precisa retomar o fôlego financeiro por algum motivo; se não for o caso, não se deve queimar recursos com juros e encargos à toa”, aconselha Marcelo Prata.
A utilização do FGTS para essa finalidade também só pode ser feita a cada dois anos. É possível pagar até 80% de 12 prestações a vencer ou vencidas, desde que não haja mais que três parcelas em atraso.
Fonte: Exame.com

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Escolha a tinta ideal para a sua casa

Todas as casas merecem uma atenção especial na hora de passar por uma nova pintura


pintar
Pintar a nova residência ou mesmo reformar e revitalizar o acabamento interno e externo de sua casa, já desgastado pela ação do tempo e uso, requer muita paciência e certo conhecimento para não entrar nas recorrentes ciladas que este mercado dispõe. Nas lojas especializadas, há uma infinidade tão grande de tintas e produtos para acabamento e pintura que, na maioria das vezes, os consumidores acabam se confundindo na escolha do tipo de material e produto ideal a ser utilizado no serviço.

De fato, o resultado de uma má pintura acaba por comprometer toda a obra. Muitas vezes, isso ocorre porque o tipo de tinta escolhido não foi o ideal para a característica da parede, do ambiente e, conseqüentemente, não irá corresponder ao acabamento esperado.
O consultor da Solventex, José Alves Cintrão, explica: “É muito importante fazer uma pesquisa sobre o tipo de revestimento que desejamos para determinado ambiente para depois escolhermos o tipo de tinta ideal a ser utilizada para este serviço. Muitas vezes, gostamos de um produto, de uma determinada marca, ou escolhemos o item mais caro da loja, mas ele não é o mais indicado para o que precisamos e o resultado final acaba sendo desastroso”.
Cada local requer um tipo diferente de tinta e o acabamento também interfere no resultado. “A versão brilhante não esconde os defeitos da superfície. Em contrapartida, a fosca tem menos resina e por isso a água entra com mais facilidade”, alerta Cintrão.
Recomendadas para ambientes internos, as tintas vinil-acrílicas são ideais para as superfícies de gesso, alvenaria, blocos de cimento, concreto, fibrocimento, massa corrida e massa corrida acrílica, pois possibilitam retoques e podem esconder os pequenos reparos e imperfeições na área a ser aplicada. “Em cômodos onde há um trânsito maior de pessoas, priorize as opções laváveis, como semi-brilho”, orienta Cintrão.
Em alvenaria externa, use o látex acrílico, que além de embelezar as paredes é mais durável e resistente, formando uma camada protetora contra as ações do tempo. O acrílico também tem boa aplicação sobre tijolos expostos, previamente recobertos com fundo preparador.
A escolha da cor é outro fator de fundamental importância para um resultado final satisfatório. “Fazer um teste em uma parte da parede é o mais recomendado. Quando as cores secam, algumas clareiam e outras escurecem o tom”, informa Cintrão.
Em relação a quantidade de tinta que será utilizada para determinada metragem, a Solventex oferece em seu site o cálculo de rendimento.
Fonte: ImovelWeb

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Jardim da moda, terrário tem plantas dentro de vidro e dispensa cuidado

Um bom jardim precisa de cuidado constante -água, poda e adubo-, luz do sol e espaço, certo? Não necessariamente.
Pequeno e pouco carente de cuidados, o terrário é um minijardim montado dentro de um recipiente de vidro em vez de num vaso.
As espécies que vão dentro desse canteiro transparente precisam ser muito pouco regadas. Ou nunca. Isso porque a maioria delas retém água com folhas impermeáveis, como cactus e babosa, ambos chamados de suculentas por serem molhadinhos.
Uma vez que as plantas e musgos estejam no vidro, sobre argila ou terra, é só completar com bonequinhos e miniaturas que deem ao jardim cara de floresta diminuta e os esquecer lá.
Foi pela praticidade que o designer Gustavo Saber, 31, comprou um minijardim para sua sala de estar. "Ele fica em cima da mesa, perto da janela, e não dá nenhum trabalho."
"Como o terrário precisa de água no máximo a cada duas semanas, ele é prático para solteiros, que não sabem ou não têm tempo para cuidar de plantas", afirma o arquiteto e paisagista Sulliman Gato Scriboni.
A moda nasceu há cerca de três anos em Manhattan, pedaço de Nova York onde mais de 40% das casas são ocupadas por um único solteiro, diz o censo americano. E chega agora a lares e ao comércio paulistanos.
A loja Amoreira, na zona oeste, vende terrários há cerca de um mês e já teve de pedir reposição duas vezes. "Compram para dar de presente porque dura, não murcha rápido como flores", diz Cristina Rogozinski, uma das donas. Ali, custam de R$ 50 a R$ 450.
Antônio Jotta, da FLO Atelier Botânico, que fornece para a loja, começou a vender os jardins envidraçados em junho e já produz de 30 a 40 por mês.
Os terrários também podem ser fechados, formando um ecossistema. Nesse caso, a água que evapora cai novamente na terra e dispensa rega. "Mas são necessárias plantas que aguentem a umidade, como avencas. E o vidro embaça, não fica tão bonito", explica Scriboni.
Modelos abertos podem ser feitos até em copos. Dos de requeijão aos vendidos a R$ 25 na página do Facebook Planeta Jardim, especializada em jardins botânicos em redoma.

Fonte: Folha.com

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Que tipo de aparador ou bufê devo colocar para complementar a sala de jantar?

A leitora do UOL Casa e Imóveis Vanessa Ramires acaba de comprar uma mesa de jantar de inox com tampo de vidro e cadeiras de material plástico preto. A dúvida dela é pontual e simples. Que aparador ou bufê combina com o conjunto? Vejam abaixo o que ela deveria comprar e o que ela pode fazer para ter uma casa ainda mais bacana.
Pelo que vemos na foto da casa da internauta, ela tem muito bom gosto para decoração e sabe escolher bem as peças, inclusive no tamanho correto para o ambiente. Os móveis são neutros e elegantes, podendo receber qualquer tipo de peça decorativa.
  • Acervo pessoal
    Marcel Steiner recomenda um um aparador de madeira, de design brasileiro contemporâneo,
    ou uma peça em laca brilhante, preta ou branca
Gosto como as cadeiras de jantar “respiram” na mesa, permitindo a visualização do tapete, muito bem colocado na sala, por sinal. O conjunto é leve, sem ser exageradamente frio. É o tapete que torna o ambiente mais acolhedor, sem aquela cara de escritório, presente em quase todos os espaços com móveis de inox.

Design brasileiro

Seguindo a linha decorativa da leitora, não colaria nenhum aparador muito destoante do conjunto, a menos que existam outras peças na sala que também quebrem a sobriedade dos móveis. Uma das opções é um aparador de madeira, de design brasileiro contemporâneo. Já um outro caminho é escolher uma peça em laca brilhante preta ou branca.
Aparadores coloridos também podem funcionar. Mas não iria por essa linha, atualmente na moda. Cores vibrantes em uma peça de marcenaria cansam muito rápido e seria necessário repintá-la em um ou dois anos.

Arte, sempre

Aproveito para elogiar as obras de arte da parede no fundo da sala de estar. Elas completam muito bem o espaço, tornando-o chique e aconchegante. Obras de arte são fundamentais na decoração. Ter uma sala sem quadros é como ir a uma festa sem jóias. Parece sempre que falta alguma coisa.
Sinto que a parede branca da esquerda pede outras obras. Nesse caso, colocaria telas com alguma cor que não puxe muito para o bege ou preto. Uma obra com predominância de azul ou vermelho em tonalidades escuras cairia muito bem na decoração.
No sofá preto da sala ainda há espaço para almofadas com alguma cor. Almofadas são bons coringas na decoração. Por serem geralmente baratas, é possível trocá-las quando a gente quer dar uma mudada na ambientação. Portanto, não é preciso ser conservador nessa tarefa. Explore estampas e tecidos mais vibrantes para deixar a casa com mais personalidade, sem medo de errar.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Como deixar o living menos formal e mais agradável para usá-lo no dia a dia?

  • Marcel Steiner recomenda à leitora que pinte todas as paredes da sala de branco, inclusive<br> a que tem textura, que deve ser removida para a superfície ficar lisa.  Almofadas e xales cor<br> de laranja devem ser trocados por outros mais informais e coloridos, sem combinar
    Marcel Steiner recomenda à leitora que pinte todas as paredes da sala de branco, inclusive
    a que tem textura, que deve ser removida para a superfície ficar lisa. Almofadas e xales cor
    de laranja devem ser trocados por outros mais informais e coloridos, sem combinar
A leitora do UOL Casa e Imóveis, Célia Monteiro, tem um sala ampla, com dois ambientes: um para receber os amigos e o outro de jantar. A sala de TV fica atualmente em um ambiente que em breve será transformado em quarto de bebê. Célia quer uma sala menos formal, bonita para receber e confortável para assistir televisão. E mais clean, com novos detalhes e novas cores. Veja abaixo nossas recomendações para que ela tenha uma nova sala.

Novas cores

Renovar a casa é uma delícia. Nada é para sempre. E de tempos em tempos é preciso dar uma repaginada nas paredes, móveis e tecidos. Chegou a vez de Célia. A predominância do laranja e dos detalhes de gesso deixam a sala muito austera e pesada.
Minha primeira sugestão é uma pintura geral de branco. Deixaria todas as paredes brancas mesmo. A parede laranja atrás da sala de jantar, onde vemos uma textura, deveria ser branca também. Mas sem nenhuma aplicação ou textura. Lisa! A ideia é criar uma base neutra para explorar cores e estampas no mobiliário e quadros.
No ambiente de estar não é preciso nenhuma grande transformação. A substituição das almofadas e xales cor de abóbora é uma estratégia rápida e de baixo custo. Um bom caminho é usar estampas divertidas e aleatórias, nada que combine muito. Use a criatividade e não tenha medo.
  • Acervo pessoal
    Além da pintura branca, Steiner recomenda que as molduras de gesso sejam removidas do forro porque elas envelhecem a sala e deixam o ambiente muito pesado

Complementos

Um detalhe que deixa a casa envelhecida são as molduras de gesso. É fácil observar que existe um excesso de ornamentação no forro. Célia deveria aproveitar a execução da pintura para remover boa parte desses detalhes, principalmente as placas de iluminação do ambiente de estar. Parte dessa iluminação pode ser compensada por abajures nas mesas laterais, peças indispensáveis em uma sala com TV.
Senti falta de obras de arte na sala de nossa leitora. Pelas fotos, ainda restam paredes peladas que deveria ser preenchidas com peças bacanas. E, mais uma vez, nada muito careta. É preciso ter ousadia para escolher quadros legais, sem remeter a motivos clássicos de outra época. 
Outro item que irá deixar a casa mais jovem são as cortinas. Na verdade, basta retirar o voil bege e manter o tecido branco. Tudo muito simples e limpo. Para completar a transformação, a mesa de centro poderia ser trocada por um grande e confortável pufe. Essa nova peça pode ter o mesmo tecido do sofá. E em ocasiões em que as visitas ficam na sala durante um evento, bandejas são uma alternativa para apoiar copos e petiscos.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Como montar um home office na sala de estar sem estragar a decoração?

O home office veio para ficar. Ter um cantinho de escritório dentro de casa é tão fundamental hoje em dia quanto ter uma boa sala para assistir TV com conforto. E em espaços cada vez menores, o velho escritório, separado da área social, integra-se com a sala de estar e fica aparente para todo mundo. Mas como organizar esse espaço sem prejudicar o resto da decoração? Veja abaixo as dicas para ter um home office bacana e muito prático.

Dois em um

A internet mudou nosso modo de vida. E dentro de casa não é diferente. Muita gente passa as noites conectada com a rede com notebooks, iPads e celulares. Lembro bem da minha adolescência quando as famílias tinham um só computador em casa, com internet discada e monitor gigante. Geralmente, tínhamos um quartinho com móvel planejado para abrigar a CPU e todos os acessórios de informática. Um show de horror! Mas a tecnologia deixou tudo mais barato, mais simples e mais bonito. Ter um escritório fechado para o computador é coisa do passado.
Gosto da integração, a menos que o cliente trabalhe muito em casa, tenha filhos e precise de silêncio absoluto. Conheço muita gente que passa mais tempo trabalhando em casa que no escritório. Eu sou uma delas, por exemplo. Gosto de começar a jornada de trabalho em casa, com uma xícara de café nas mãos e com a companhia do meu cachorro e meu iPhone. Mas é importante saber separar as coisas.

Bancada de trabalho

Com a aparelhos cada vez menores e portáteis, o home office é basicamente uma bancada de trabalho. Mesmo quem não leva trabalho para casa deveria ter uma mesa dessas na sala. O ideal é que ela tenha gavetas e um organizador de papéis. Nada mais caótico que uma mesa cheia de papéis desorganizados. A bancada de trabalho também é local indicado para deixar bolsas e carteiras, boletos, extratos de banco, chaves de casa etc. E por isso mesmo tudo deve ter um lugar certo.
Se você ainda não tem uma mesa e quer encomendar uma, o desenho da marcenaria deve ser bem simples. Recomendo que as gavetas sejam fininhas, logo embaixo do tampo. Fuja de bancadas em L ou embutidas. Peças soltas são mais elegantes. O acabamento pode ser na madeira de sua preferência ou em laminado preto ou branco. Outro item importante é a cadeira. Cadeiras de escritório em material plástico preto são geralmente muito feias. Evite. E já que essa cadeira vai ficar na sala, invista em design. Uma peça bonita faz toda a diferença.
E onde colocar a mesa de trabalho? Pense em um cantinho vazio na sala ou em algum móvel que você use pouco durante o ano. De repente ela pode substituir um aparador sem função. Outro bom local para a bancada é atrás do sofá, desde que ele fique no meio da sala, com as costas aparentes, e haja espaço de circulação. Ah, e não se esqueça das tomadas de piso!

Complementos

Agora você me pergunta onde devem ficar a impressora, as pastas de arquivo, o roteador, os carregadores e aquela parafernalha toda. Se você tem espaço dentro da sala, uma boa opção são as estantes. Aqui em casa tenho duas peças metálicas onde coloco carregadores de celular, pastas com documentos e, na época em que trabalhava 100% em casa, ficava a impressora (de modelo sem fio).
Uma opção mais sofistica são as de marcenaria. O segredo é planejar bem, deixando tomadas e compartimentos com portas para esconder tudo aquilo que atrapalha na decoração. Mas se você não tem dinheiro sobrando, opte por modelos prontos, mesmo sem portas, e organize as miudezas em caixas bacanas, que podem ser compradas em grandes lojas de decoração ou redes de papelarias.
Outra dica é adquirir peças de design mais divertidas, como grampeadores coloridos, porta-lápis e objetos que valorizem a mesa. Nada de usar coisas de escritório padrão, que vão “brigar” com os demais itens da sala.
Não existem regras para decorar o home office. Cada um sabe das suas próprias necessidades. Mas com uma boa mesa de trabalho, uma cadeira de bom design e certa organização é possível ter um escritório bem legal, sem comprometer a decoração do resto da casa.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Como imprimir um estilo masculino à decoração sem cair em estereótipos?

  • Casa de homem tem de ser funcional, com espaço para guardar as coisas e os itens essenciais, como sofá, TV, cama e geladeira. Ter uma base neutra é o melhor caminho:<br> sofás podem ter forração cinza, bege ou, como no caso acima, um tom de bordô
    Casa de homem tem de ser funcional, com espaço para guardar as coisas e os itens essenciais, como sofá, TV, cama e geladeira. Ter uma base neutra é o melhor caminho:
    sofás podem ter forração cinza, bege ou, como no caso acima, um tom de bordô
A maior parte dos meus clientes são homens. E quando trabalho para casais, geralmente é o marido quem mais dá palpite no projeto. Fazer casas para os homens é mais fácil. Não há muita frescura nos detalhes e os clientes me deixam mais livre para criar. O resultado é mais lúdico. Todo homem tem um lado adolescente: quer uma casa para se divertir e comemorar com os amigos. Se você está atrás de uma decoração masculina, veja as dicas abaixo. O importante é ir além do que todo mundo já sabe: paredes cinza, poltronas de couro e mesa de sinuca.

Cores

Minha paleta passa sempre pelo preto, vermelho e amarelo. São cores que funcionam bem em uma casa masculina. Mas isso não é obrigatório. Já fiz uma cozinha cor-de-rosa que não ficou nada feminina. Homens não gostam de ousar na cartela de tintas dos fabricantes. Querem ir pelo caminho mais fácil, sempre. Um bom projeto, no entanto, exige um balanço de cores.
Ter uma base neutra é o melhor caminho. Sofás podem (e devem) ter cores neutras, como cinza, bege ou couro marrom. O contra-peso vai para as peças menores e acessórios.
No quesito estampas, sou conservador. Gosto de listrados e xadrez, como minhas camisas. Aliás, estas são ótimas inspirações para revestir poltronas e almofadas. Mas nada impede que o verde do polo vá para o encosto da cadeira de jantar e o laranja do tênis para a mesa de centro.
Cortinas neutras também são uma boa pedida. Tecidos em tonalidades entre branco e cru são os mais recomendados. Se quiser algo dramático, que tal um veludo cotelê marrom ou azul marinho? Vermelho também pode, mas cuidado para sua casa não virar uma boate. O segredo das cortinas está na prega (sim, cortinas têm pregas, como as calças do seu terno): macho no comprimento, e também ao longo do trilho suíço.

Funcionalidade

Casa de homem tem de ser funcional. Não conheço nenhum que goste de ficar arrumando as coisas ou que seja neurótico por limpeza. E nesse aspecto, quanto mais simples, melhor. O legal é ter espaço para guardar as coisas e investir naquilo que é essencial, como o sofá, a TV, a cama e a geladeira.
Falando em funcionalidade, as mulheres estão certas quando o assunto é closet. Um espaço cheio de armários para roupas é bom demais, mesmo que você tenha pouca coisa. Se você é da bagunça, mais um motivo para ter um bom guarda-roupa. É só jogar tudo lá dentro e fechar a porta. A qualidade do sono com o quarto organizado é outra.

Hobbies

Homens tendem a se mais ligados em hobbies que as mulheres. E isso deve ser explorado na decoração. Para os que gostam de cozinhar, a cozinha deve ser o centro da casa, aberta para a sala e com lugar para os amigos. Percebo que muitos deles têm desviado a atenção dos eletrônicos (como aparelhos de som e TV) para os eletrodomésticos. Nesse caso, explore as peças de design e deixe tudo aparente.
O bar é outra peça-chave da casa masculina. Nada de deixar as garrafas de whisky na estante e nem dentro da caixa. Tenha uma bandeja bonita e crie um espaço para preparar drinks. Adegas também fazem parte do imaginário masculino na decoração. Hoje o mercado oferece de tudo para os apreciadores de vinho. Mas se você gosta mesmo é de cerveja, existem ótimas geladeiras com portas de vidro: deixam a casa mais bonita e você ainda controla o seu estoque particular.
Já os fãs de música podem ter instrumentos, discos e pôsteres de banda como parte da decoração. Os ligados em esporte devem tirar proveito de bicicletas, pranchas ou outras peças legais no meio da sala. Não estou falando de ambientação temática, normalmente feita em quartos de adolescente nos programas de televisão americanos. Mas de ter uma casa com a sua cara, que fale sobre sua personalidade.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Quais princípios básicos devem ser considerados ao iniciar a decoração?

  • Garimpe na casa de seus avós e pais. Muitas famílias possuem ótimas peças guardadas
    Garimpe na casa de seus avós e pais. Muitas famílias possuem ótimas peças guardadas
Você se mudou para uma casa nova ou decidiu renovar sua morada atual? Que delícia! Mas antes de sair comprando sofás, mesa de jantar ou cortinas, confira abaixo algumas dicas básicas para evitar erros e frustrações. É preciso muito critério e planejamento, sem abrir mão da diversão e da criatividade.
Espaços úteis
Antes de tudo, pense em seu estilo de vida. O que você gosta de fazer em casa? Assistir filmes, cozinhar, receber os amigos? E o que você realmente faz? Há muitos casos de pessoas que adoram festas, mas nunca convidam os amigos para tomar um drink em casa. Já outros apreciam a boa mesa, mas nem chegam perto do fogão. O mais importante é criar uma casa onde os ambientes são úteis. De que adianta ter um living espaçoso se você usa apenas a sala de TV? Ou uma cozinha superequipada, com armários planejados e eletrodomésticos caríssimos, se você de fato nunca vai usar? Para citar um caso extremo, Ruy Ohtake nem cozinha em casa tem: o arquiteto dispõe apenas de um frigobar para gelar bebidas.

Proporcionalidade
O erro mais comum de quem está decorando um ambiente é a escolha de móveis inadequados. Se sua sala é pequena, vá com calma. Veja o que cabe antes de ir às compras. Se você não tem espaço para uma mesa de oito lugares, por que insistir? Vai ficar horrível e atrapalhar a circulação. O mesmo vale para os dormitórios. Não há nada pior que quartos pequenos cheio de armários. Não transforme o lugar onde você dorme num closet, com portas por todos os lados. Além de horroroso, o quarto vai ficar um ambiente claustrofóbico. Eu detesto! Se você tem muita roupa, arrume outra solução. Doe o que você não usa mais ou transforme aquele escritório que você nunca entra num closet. É muito mais bacana ter um espaço separado para trocar de roupa e fazer aquela bagunça que sempre fica depois de experimentar várias peças.

Iluminação correta
Costumo dizer que a maioria dos brasileiros projeta a casa para o dia e esquece da noite. No dia-a-dia corrido de cidade grande, pouca gente tem o privilégio de desfrutar da casa quando ainda está claro, exceto nos finais de semana. É à noite que passamos a maior parte do tempo em casa. E é por isso que uma boa iluminação é essencial. O ideal é ter um sistema para diversas ocasiões, fornecendo a luz certa para cada atividade. No caso de um uso social, a luz precisa ser indireta e aconchegante, senão seu evento perde todo o clima. Prefira sempre luz quente às lâmpadas fluorescentes. A melhor dica é ter luminárias diversas espalhadas pela casa. Você pode acender cada uma quando achar conveniente. Use e abuse dos abajures. Eles são a peça-chave para deixar sua casa gostosa durante a noite.

Orçamento equilibrado
Se você não está nadando em dinheiro, use a criatividade. Combine peças boas e baratas com outras um pouco mais caras. Falta de grana não é desculpa para deixar a casa desleixada. Garimpe na casa de seus avós e pais. Muitas famílias possuem verdadeiros tesouros que ficam guardados. Estas peças podem fazer grande diferença na hora de decorar. E não tenha medo de misturar.

Se dinheiro não é problema, maravilha! Mas tome cuidado. Fuja dos modismos, das peças datadas e da extravagância. E para não estourar o orçamento no meio do caminho, coloque tudo numa planilha e comece a cotar os itens que compõem a decoração. Se o valor final ficar acima do que você pretendia gastar, o ideal é substituir alguns por similares mais em conta, em vez sair cortando. Não se esqueça que um ambiente é feito de vários móveis, acabamentos e objetos, e não de uma peça só. Se você ainda tem uma séria de dúvidas sobre o que vai funcionar na decoração de sua casa, peça ajuda a um profissional. Não é caro como parece e ele irá lhe orientar a escolher as peças corretas e a contratar mão de obra especializada. Assim você não gasta dinheiro à toa, comprando móveis e objetivos impróprios, e não compromete o resultado final.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Qual é o jeito correto de usar espelhos na decoração?

  • Na sala do apartamento do arquiteto David Bastos, em São Paulo, a parede espelhada recebeu uma cortina; o recurso quebra a presença do material, mas mantém suas propriedades
    Na sala do apartamento do arquiteto David Bastos, em São Paulo, a parede espelhada recebeu uma cortina; o recurso "quebra" a presença do material, mas mantém suas propriedades
Espelhos são aliados na decoração desde que foram inventados. E podem ser usados em todos os estilos e de diversas formas. O importante é saber como e onde usar. Além das funções óbvias, como em dormitórios, closets e banheiros, os espelhos podem ser úteis em áreas de estar, aumentando a sensação de espaço e deixando a atmosfera mais sofisticada. Sim, os espelhos são nobres (e caros) e têm esse poder. Mas cuidado para não abusar e cair no exagero. Casas cheias de espelhos podem ser lindas, mas também muito bregas.

Bem útil

Banheiros e lavabos precisam de espelhos. No caso de banheiros, use sem medo de ser feliz. E quanto maiores, melhores. Uma bancada de pia não é nada sem um bom espelho. Aliado a uma iluminação eficiente, é o amigo número de mulheres que estão se preparando para sair. E vale qualquer tipo. Gosto dos mais simples, sem molduras, nem acabamentos.
  • Fran Parente / Divulgação
    O lavabo do apartamento decorado por Francisco Cálio tem parede espelhada, cuba da Vallvé e os metais cromados da linha Spin, da Deca
Uma peça lapidada de 4 mm de espessura é suficiente. O melhor é que sua largura seja a mesma da bancada. E se você tiver uma arandela sobre a cuba da pia, sem problemas. Basta prever o furo para a passagem de fios e instalar a peça sobre o espelho.
Em lavabos muito pequenos, são ainda mais importantes. Mas não se empolgue muito, ainda mais se o espaço for muito recortado. Revestir pequenas superfícies de espelho pode criar um efeito estranho. Mais uma vez, ter uma peça com a largura da bancada é suficiente.
Se você gosta de enfeitar, invista em molduras. Podem ser de madeira, douradas, brancas, prateada, não importa. Não existe regra. O ideal é que a largura da moldura seja proporcional à parede. Ou seja, se a parede for mínima, não adianta colocar uma moldura de 20 cm. Em geral, molduras de 10 cm funcionam em qualquer tipo de ambiente.
Espelhos venezianos estão na moda. Eu gosto. Mas para fugir do óbvio, tenha peças bem contemporâneas ou modernas para contrastar. Uma parede rústica também faz um bom contraste com essa peça tão delicada.

Para se vestir

Dormitórios e closets também demandam espelhos. Se você não tem o closet separado do quarto, procure uma parede longe da cama. Odeio ver camas refletidas em espelhos de guarda-roupas. Dizem que nem é bom para dormir. Mas sobre esse assunto já ouvi tanta coisa que não vale a pena entrar no mérito. A verdade é que é meio brega mesmo.
Em closets, quanto mais espelho melhor! Visitei uma loja um dia desses que tinha um provador imenso, com portas, paredes e teto revestidos de espelho. O pé-direito era altíssimo e o efeito era bem legal. Ao experimentar uma roupa, é sempre bom poder se enxergar de todos os ângulos. Mas em um closet normal, sem portas nos armários, uma parede espelhada já é meio caminho andado.

Espaços maiores e mais elegantes

Salas de estar de tamanho modesto exigem espelhos. Essa é a principal estratégica de arquitetos e decoradores para aumentar a percepção de espaço. Pessoalmente, não gosto de ficar me olhando toda hora no espelho. É chato e a gente não fica à vontade. Por esse motivo, nunca uso em frente a sofás ou ao lado de mesas de jantar. Paredes laterais são as melhores para receber espelhos, desde que reflitam coisas bonitas e interessantes.
Espelhos fumê e de cor bronze voltaram a ser usados na decoração. Até pouco tempo atrás, eram tidos como de gosto duvidoso. E eu adoro! Um hall de entrada com espelhos escuros ou bronze são demais! E nem precisa de mais nada no espaço. Se o piso for bonito, a decoração está resolvida.
Se você não ainda não se aventurou muito pelo mundo do design de interiores, vá com calma na hora de usar espelhos. Errar é muito fácil. Espelhos sobre a cama, por exemplo, tem toda a chance de dar errado. Disso todo mundo já sabe. Mas pode dar um efeito bem interessante, também. Não existem regras, por isso o conselho que eu posso dar é ter cautela.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Tecnologia e hábitos influenciam escolha e arrumação de criados-mudos

  • Trevor Tondro/ The New York Times
    As mesas de cabeceira têm se tornado ainda mais caóticas: objetos, eletrônicos, livor e cosméticos estão lá
    As mesas de cabeceira têm se tornado ainda mais caóticas: objetos, eletrônicos, livor e cosméticos estão lá
Imagine o criado-mudo, uma modesta peça doméstica que, apesar de tudo, oferece um retrato conciso das aspirações, ansiedades e desejos humanos na medida a ser esperada nos idos de 2013: uma bagunça.
Repare, por exemplo, no emaranhado de eletrônicos e outros itens que zumbem perto da cabeça de David Rose - 46 anos, cientista convidado do Laboratório de Mídia do MIT - enquanto ele dorme ou, mais frequentemente, não dorme. Rose, que inventou a tecnologia que embute interfaces digitais em objetos como lâmpadas e armários , tem nas mesas de cabeceira que ladeiam a cama onde dorme com a mulher: um monitor de sono Zeo, uma luminária da Philips (que escurece quando ele está quase dormindo), um telefone sem fio, um iPhone, um alto-falante em coluna da Bose  (que sua esposa usa como carregador de celular), um relógio de pulso e algumas brochuras. Está tudo atolado nas superfícies de 61 cm x 46 cm de um par criados-mudos da Ikea que ele e sua esposa têm há décadas.

Os equipamentos sobre os criados-mudos e a confusão ali instaurada são problemáticos. Ou, como Alexa Hampton, presidente da Mark Hampton (empresa de design de interiores) disse recentemente, a colisão entre "eletrônica e nostalgia" que ocorre toda noite no criado-mudo é um desafio. 
 
Hampton tem fotos do marido e dos filhos sobre sua própria mesa de cabeceira, juntamente com seu iPad, seu iPad Mini e seu BlackBerry (que funciona como despertador) - cada um com seu próprio carregador -, assim como uma confusão de cosméticos, pinças, alicates e um espelho de aumento usado para maquiagem. A todos esses itens somam-se os óculos de leitura e uma pilha de livros, bagunçados sobre uma bandeja de prata. "Você pode ver que não é um mero problema de tecnologia", argumenta a designer.

USAR TABLETS E LAPTOPS ANTES DE DORMIR PODE RETARDAR O SONO:

  • Getty Images
 
Tecnologias insones
 
Todavia, nos últimos 50 anos, a adição de novas tecnologias tem perturbado este pequeno espaço, já lotado. Designers e fabricantes estão tentando descobrir como mediar tal bagunça. 
 
Por exemplo, a designer Robin Standefer propõe uma analogia: "[o criado-mudo] é como aquele novo avião", diz referindo-se ao Boeing Dreamliner, "tem todos aqueles aparelhos eletrônicos, todas aquelas funções e está ficando cada vez maior. Eu tenho uma relação complicada com as mesas de cabeceira, quero que elas sejam de alguma forma 'serenas'. Quero olhar para o móvel, quando estiver com a cabeça no travesseiro, e não enxergar uma vitrine".
 
Pesquisas sobre a qualidade do sono confirmam a invasão digital no quarto. No estudo mais recente da Fundação Nacional do Sono dos EUA - um grupo sem fins lucrativos dedicado à "saúde do sono"-, conduzido em 2011: 72% dos pesquisados relataram que levam seus telefones para a cama; 49% disseram que levam um computador ou tablet e 13%, um leitor digital. Em 2010, uma pesquisa da Pew Research descobriu que 90% das pessoas entre 18 e 29 anos dormiam com seus celulares próximos à cama.
 
E parece que estes dispositivos estão reforçando todo o tipo de comportamento entre quatro paredes. Por exemplo, em uma reportagem sobre decoração de quartos, em edição recente da Revista GQ (norte-americana), os leitores são advertidos a não verificar seus smartphones depois do sexo. "Sabemos que olhar o seu telefone é o novo fumar depois do sexo", diz a legenda, "mas espere pelo menos até que ela saia do quarto".

Um lugar para a tudo e mais um pouco
 
Decoradores relutam em ceder a pedidos e palpites sobre criados-mudos, em partes porque preferem ladear a cama como mesas sem gavetas ao invés dos  verdadeiros criados-mudos. Celerie Kemble, uma designer de Manhattan, afirma: "Eu gosto de mesas bistrô, mesas cabriolé, até mesmo de móveis para áreas externas". Standefer acrescenta: "Eu quero ver pernas, não algo quadradão".
 
Porém, Kemble pondera: "Fica o enigma de como esconder os eletrônicos. O iPad e o Kindle, já que a maior parte dos clientes possui os dois. E o iPhone e o BlackBerry. Ah! Não esqueça o Invisalign, os protetores dentais contra bruxismo, as máscaras contra apneia noturna e os anticoncepcionais. Sim, você tem que conversar sobre anticoncepcionais antes de sair para comprar a mesa. Homens solteiros têm que ter algum lugar para colocar os preservativos. E os remédios, o Ambien e o Viagra? Ou os protetores auriculares? E para as preocupações do meio da noite, é preciso ter um lugar para colocar um bloco de papel e uma caneta".
 
Para agrupar todas essas coisas, Kemble já usou bandejas de prata, latinhas e caixas de chá antigas, pequenas arcas e até mesmo escrivaninhas com filtros de linha dentro das gavetas. Assim, para problemas maiores com equipamentos, a designer sugere: "Que tal uma mesa com saia e uma grande bandeja na qual você pode misturar tudo e deslizar para ali debaixo?"
 
Tiffiny Johnson, compradora sênior na Design Within Reach, disse que escolher uma mesa de cabeceira é um desafio, em particular para modernistas ou qualquer um que considere um criado-mudo sem gaveta e um (único) livro sobre ele um ideal estético. "Os novos equipamentos nos fizeram pensar sobre para quê o cliente realmente usa o móvel ao lado da cama", explica. "Os livros estão em extinção. Todos têm seus livros em seus aparelhos eletrônicos, que estão cada vez menores. E há o espaço para esconder os cabos. Temos que pensar, porém, onde fica a tomada", completa.

Aonde vai o quê?
 
Uma nova coleção projetada pelos designers Jeffrey Bernett e Nicholas Dodziuk, lançada recentemente, oferece três cenários alternativos ao criado-mudo "quadradão" + cama: uma cama com armazenagem sob si e uma pequena mesa redonda que se fixa ao seu lado; uma cama como uma grande cabeceira e criados mudos suspensos com gavetas; e a terceira, uma grande e larga cama e um criado-mudo mais tradicional, com compartimentos abertos e ocultos, para coisas mais privadas.
 
William Georgis, arquiteto que projeta ambientes modernos e glamourosos, revela que ocasionalmente coloca gavetas escondidas nos criados-mudos que cria para seus clientes. Num caso específico, na única gaveta de uma mesa de cabeceira com pés de bronze e revestimento em pergaminho - que ele projetou para uma família com filhos pequenos - havia uma bandeja deslizante ocultando uma gaveta dentro de outra gaveta, para esconder cartas de amor, como nas escrivaninhas do século 18.
 
"E esse tipo de coisa leva você ao próximo nível", aponta Georgis, "nós estamos fazendo projetos para os brinquedos [eróticos]". Maurice Blanks, um dos diretores da fábrica de móveis Blu Dot, foi inovador a respeito de todos os equipamentos que as mobílias de quarto de sua companhia são projetadas para acomodar: no catálogo online da empresa, você vai ver que o criado-mudo Modu-licious pode armazenar desde exemplares da Architectural Digest até brinquedos eróticos picantes.
 
"A maior parte das nossas peças foca em armazenagem fechada", informa Blanks. "As pessoas estão passando mais tempo em seus quartos e o comportamento delas no quarto mudou. O modernismo se tornou menos dogmático nos últimos dez anos. As pessoas querem que o moderno seja mais funcional, assim a mesinha de pedestal perfeita com apenas um livro talvez não seja mais tão apelativa".
 
A tecnologia está mudando tão rapidamente, acrescentou Blanks, que é melhor que os fabricantes de móveis abordem-na apenas em linhas gerais – quando falamos em gerenciamento dos fios, por exemplo, geralmente um buraco na parte de trás de uma gaveta ou prateleira, mas nada muito específico, como uma base de carregadores – para que as peças sejam relevantes daqui a uma década.

A psicologia da mesa de cabeceira
 
Cientistas sociais dizem que os quartos são espaços francos, porque são privados. Se você mostra o seu melhor - ou como você espera que os outros o vejam - na sua sala de estar, o seu verdadeiro "eu" poderá ser encontrado no seu criado-mudo.
 
Sam Gosling, professor de psicologia na Universidade do Texas e autor de "Snoop: What Your Stuff Says About You" ["Curioso: o que suas coisas dizem sobre você", em tradução livre], alfineta: "Procure por discrepâncias: existe Platão, Shakespeare e Goethe nas prateleiras da sala e romances vulgares sobre o criado-mudo?"
 
Porém, Gosling também enfatiza que também mostramos nossas aspirações no quarto – por exemplo, nas pilhas de livros que esperamos ler, mas que quase nunca conseguimos. "Minha pilha de livros não apenas conta o que leio, mas conta algo sobre as minhas aspirações", afirma. "E o quão fora da realidade eu estou quanto às minhas expectativas", completa.
 
Anthony P. Graesch, professor assistente de Antropologia na Faculdade de Connecticut , estudou a cultura material de famílias de Los Angeles e aponta que as pistas visuais dos criados-mudos, às vezes, são editadas por causa de questões práticas. "Pais com filhos pequenos, por exemplo, não podem armazenar uma grande quantidade de itens em suas mesas de cabeceira, a fim de que não sejam tomados, mal utilizados ou roubados por mãos curiosas", escreveu em um e-mail. 
 
"Na minha casa, eu e minha esposa temos apenas uma mesa de cabeceira, que agora contém um livro e um relógio. Meus filhos de quatro e dois anos fugiriam com qualquer outra coisa (por exemplo uma luz de leitura portátil, moedas, um frasco de Tylenol...), então deixamos estes objetos num nível mais alto. Há também o problema do espaço disponível. Na casa dos Graesch, o quarto de casal é grande o suficiente para apenas um criado-mudo. Assim, não tenho minha própria mesa de cabeceira. Eu perdi essa batalha, então fico sem".

E a bagunça, faz mal?
 
Aqui vai um aviso sobre ficar sem criados-mudos: Reiko Gomez, designer de interiores e praticante de feng shui, aconselharia Graesch a lutar por seu próprio espaço pessoal. "É importante ter duas mesas de cabeceira", defende, "mantém o equilíbrio no relacionamento".
 
Mas, enfim, o que fazer com as coisas que repousam sobre o criado mudo de Rose, o cientista do MIT sobre o qual falamos no início deste relato? A abundância de equipamentos indica que ele e sua esposa têm sono leve e são, talvez, ligeiramente competitivos. Rose chama o monitor de sono Zeo de "um pequeno outro", uma ajuda na "gamificação do sono". (Estes monitores medem o estado e a qualidade do sono e fornecem uma pontuação sobre o descanso, explica). "Eu realmente quero conseguir dormir bem", desculpa-se, "quero manter o hábito".
 
A esposa de Rose costumava ter um Zeo também, mas foi privada do equipamento pelo cientista, porque pedia para que as luzes fossem apagadas cada vez mais cedo, assim poderia atingir seu estágio R.E.M. mais rapidamente. "Ela é um pouco mais obsessiva-compulsiva do que eu", justifica Rose, "eu não gostei do efeito".
 
Caçadores de bagunça como Leslie McKee, house organizer em Pittsburgh, argumenta que "as coisas que existem para dar suporte ao sono, até mesmo uma máquina com ruído branco, podem aumentar a bagunça que atrapalha o descanso noturno". "Pessoas sobrecarregadas perdem suas energias ali mesmo, na cama. Nós tentamos advogar em favor da simplicidade", defende.
 
E emenda: "Eu pergunto às pessoas: 'O que a sua avó tem ao lado da cama dela?' Uma toalhinha de renda, uma fotografia, algo que a fez feliz. Pense sobre o que sua avó fez e vá dormir".

E quanto dormir?
 
Finalmente, enquanto não há consenso sobre os criados-mudos ou a organização da bagunça dos quartos contemporâneos, historiadores e até mesmo alguns especialistas em sono começam a questionar o dogma das oito horas de sono ininterrupto. Dormir em dois turnos, dizem, pode, na verdade, ser uma tendência natural, não um subproduto da idade ou da preocupação.
 
Lucy Worsley, curadora chefe dos Historic Royal Palaces, um grupo de conservação britânico, e a autora de "If Walls Could Talk: An Intimate History of the Home" [Se as paredes pudessem falar: uma história íntima da casa", em tradução livre], destaca que não somente os quartos privados (e camas) são uma ideia relativamente moderna, mas também as oito horas de descanso o são. 
 
"É uma invenção da Era Industrial e dos proprietários de fábricas", afirma. Worsley descreve o ritmo de uma típica casa Tudor (época em que a inglaterra foi regida pela família de mesmo nome, entre meados de 1400 e 1600), com pessoas acordando naturalmente logo após a meia-noite, depois do "primeiro sono", como ela coloca, e aproveitando um pouco. "Os homens conversavam com suas esposas, faziam sexo, trabalhos domésticos e até mesmo saíam e assaltavam outras pessoas. Roubavam porcos, por exemplo. Aquelas vilas Tudor devem ter sido muito animadas à noite", argumenta.
Tradutor: Erika Brandão (tradução) e Daiana Dalfito (edição)