quarta-feira, 31 de julho de 2013

Saiba o que fazer com o entulho da obra do seu imóvel

Construções sempre acumulam resíduos, portanto contrate uma caçamba de empresa credenciada pela Prefeitura para fazer o serviço
Você está construindo a casa dos seus sonhos ou apenas fazendo uma reforma básica no seu imóvel. Seja grande ou pequena, a obra sempre acumula entulho. Restos de madeira, gesso, terra, lã de vidro e outros tipos de resíduos de construção precisam sair da sua casa.
Mesmo se a reforma for pequena é preciso que oe entulho esteja devidamente embalado
Em São Paulo, se a reforma for pequena, a própria Prefeitura pode recolher seu entulho através da coleta domiciliar convencional, desde que ele some, no máximo, 50 kg por dia e esteja devidamente embalado. Se o tamanho do resíduo total for menor que 1 metro cúbico (o que equivale a uma caixa d’água de mil litros), você pode optar por descartá-lo gratuitamente em Ecopontos na cidade de São Paulo (veja a lista de pontos disponíveis na cidade de São Paulo aqui).
A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), no Rio de Janeiro, também oferece remoção de lixo gratuita, através do telefone 1746. A quantidade máxima na capital fluminense é o equivalente a 150 sacos de 20 litros.
Se a quantidade de entulho for maior do que a permitida por lei em sua cidade, você deve recorrer ao aluguel de caçambas. Na média, em São Paulo, elas custam de R$ 200 a R$ 300, dependendo do tipo de resíduo depositado. Sobras “limpas”, ou seja, sem lixo, são as que custam mais barato. Se houver gesso, restos de carpete, lã de vidro e poda de árvore, por exemplo, o preço sobe. O pagamento é feito, de acordo com Daniele do Amaral, da Depósito de Materiais São Amaral Ltda., no momento em que a empresa retira o compartimento da obra.
Ao contratar um serviço de caçamba, é preciso se certificar de que a empresa irá destinar o entulho ao lugar correto. “As empresas que prestam este serviço encontram dificuldades, já que em São Paulo há somente dois endereços oficiais para descarregar os resíduos corretamente”, afirma Eliane Dias, sócia da Dias Serviços de Caçamba Ltda., companhia que é cadastrada pela Prefeitura paulista.
Para evitar problemas, certifique-se que você obtenha um contrato da empresa de caçamba que informe a destinação do entulho, assim como uma via do registro do Controle de Transporte de Resíduo (CTR), que é um documento que exige que os resíduos foram entregues em área licenciada. Segundo a Prefeitura de São Paulo, o período máximo para a permanência da caçamba no local é de até 72 horas, mas algumas empresas costumam deixar um pouco mais, caso a via seja tranquila. Já no Rio de Janeiro, o prazo estipulado pela Comlurb é de 48 horas.
Consulte no site da Prefeitura de sua cidade para saber qual empresa de caçamba é credenciada (Fotos: Banco de Imagens/Divulgação)
As caçambas devem ficar estacionadas em frente à construção, em vias com largura maior do que 5,80 metros. Em ruas onde há obrigatoriedade de Zona Azul, em São Paulo, é preciso pedir uma autorização ao Departamento de Operação do Sistema Viário (DSV). O compartimento deve apresentar, de forma legível, os dados da prestadora de serviço e da caçamba, assim como o telefone para emergência. Além disso, deve constar nela películas reflexivas para visualizações noturnas.
As caçambas não devem ficar em locais onde o estacionamento é proibido, e nem tampouco em paradas de ônibus, táxi e caminhões, passagem de deficientes físicos e entradas de farmácias. Estacionar em cima da calçada ou próximo a caixas de correio, hidrantes e telefones público também não é permitido, assim como em esquinas.
Clique e conheça as empresas de caçambas credenciadas pela Comlurb (RJ) e pela Limpurb (SP).

terça-feira, 30 de julho de 2013

FGTS: 20 respostas sobre como usar o fundo para comprar a casa própria

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pode dar uma força ao trabalhador na hora de comprar a casa própria. Confira, a seguir, 20 perguntas sobre quem pode usar esse recurso, e como ele funciona. 

1. O que é o FGTS?

FGTS é a sigla para Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Esse fundo é pago pelo empregador ao funcionário, e fica depositado na Caixa Econômica Federal em contas abertas automaticamente com o contrato de trabalho. O FGTS foi criado pelo governo para ser uma reserva de dinheiro para o trabalhador e, ao mesmo tempo, financiar habitações populares e obras relacionadas, como de saneamento básico e de infraestrutura.

2.Como saber se posso usar o FGTS para comprar o imóvel?

Para usar o FGTS, é preciso cumprir quatro requisitos:
1) Ter pelo menos três anos de carteira assinada. Esse período não precisa ser contínuo, ou seja, a pessoa pode ter trabalhado um ano em 2002 e outros dois a partir de 2010, por exemplo.
2) Não ter financiamento ativo no Sistema Financeiro de Habitação (SFH) em nenhuma parte do país.
3) Não ser proprietário de imóvel residencial no município onde pretende comprar o novo. Assim, se tem um apartamento em São Paulo, poderá comprar outro em Belo Horizonte, mas não na capital paulista.
4) Trabalhar ou morar no município em que fica o imóvel que pretende comprar usando o FGTS.

3. De que documentos preciso para conseguir sacar o FGTS?

Os documentos necessários são aqueles que comprovam que o comprador atende a todos os requisitos para sacar o fundo de garantia (listados na resposta 2), como carteira de trabalho, comprovante de residência (conta de água ou luz), certidão de nascimento e, se for casado, de casamento, carteira de identidade e CPF. Além disso, é preciso apresentar a certidão de matrícula e cópia do IPTU da casa ou apartamento a ser comprado, para demonstrar que o imóvel está em situação regular e pode ser adquirido com o FGTS.
Corretores e o próprio agente financeiro poderão orientar sobre esses documentos e como obtê-los.   

4. O que são os agentes financeiros?

São, principalmente, os bancos, consórcios ou companhias de crédito imobiliário, como a Companhia Hipotecária Brasileira (CHB). Mas também podem ser securitizadoras e entidades abertas de previdência complementar. Na negociação imobiliária, o agente financeiro é que saca, a pedido do trabalhador, o fundo de garantia. E fique atento: nem todo banco opera com FGTS; então, cheque antes com a instituição financeira de sua preferência.

5. Que imóveis podem ser comprados com o FGTS?

Somente aqueles financiados pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), dentro de um limite de valor redefinido periodicamente. A estimativa do valor do imóvel é feita por engenheiros credenciados pelo agente financeiro. 
Além disso, essa casa ou apartamento tem que ser urbano (ou seja, dentro da cidade), residencial e destinado à moradia do trabalhador -não é possível comprar um flat, por exemplo, como investimento. Por fim, esse imóvel não pode ter sido objeto de operação com FGTS nos últimos três anos.

6. Como é feito o saque do fundo?

O trabalhador solicita o saque ao agente financeiro por meio de um documento. O agente, então, comunica à Caixa Econômica Federal. Quando o fundo de garantia é liberado, é depositado na conta do vendedor. Ou seja: quando saca o fundo de garantia para comprar um imóvel, o comprador não lida diretamente com o dinheiro.

7. Quem tem dívidas pode sacar o FGTS?

Sim. "Nenhuma divida do trabalhador impede a utilização do FGTS", afirma o advogado Mauro Antônio Rocha, especialista em  Direito Imobiliário e Direito Registral e Notarial. Uma pessoa só é impedida de sacar o fundo de garantia se não cumprir algum dos requisitos listados na resposta 2.
Porém, é bom ter em mente que estar endividado e com o nome listado em algum dos serviços de proteção ao crédito (como SCPC ou Serasa) pode bloquear a aprovação do financiamento.

8. Quando tempo o FGTS demora para ser liberado?

Uma vez feito o pedido pelo agente financeiro, o dinheiro do FGTS demora, em média, cinco dias para ser liberado. Porém, os outros processos ligados à compra de um imóvel, como a aprovação do financiamento, podem levar mais tempo, e o negócio leva, geralmente, de 60 a 90 dias para ser concluído.

9. Posso sacar apenas parte do FGTS?

Sim. Quando faz o pedido de uso do dinheiro ao agente financeiro, você pode especificar quanto do fundo de garantia pretende usar. O que não sacar continuará em sua conta, rendendo. 

10. Como o saque do FGTS deve ser declarado no Imposto de Renda?

Na declaração do Imposto de Renda, o comprador deve registrar a compra do imóvel e seu valor total na parte de "Bens e Direitos". E, em "Rendimentos Isentos e não Tributáveis", há uma parte especifica para o FGTS. Ali você coloca quanto sacou para pagar seu imóvel.

11. Como sei quanto tenho de FGTS?

A Caixa Econômica Federal envia um extrato com o saldo do FGTS para sua casa, no endereço vinculado à sua conta, a cada três meses. Quem não recebe pode checar via internet, no site do fundo de garantia com o número NIS (PIS/PASEP) e uma senha cadastrada.
Também é possível verificar o saldo do FGTS em qualquer agência da Caixa. Para isso, é preciso apresentar um documento de identidade e o número NIS.

12. Quem está comprando um imóvel acima do valor limite pode sacar o fundo para amortizar a dívida após um período?

Não. Só é possível utilizar o FGTS em imóveis dentro do preço estabelecido pelas regras do momento. E é importante ressaltar: para a casa ou apartamento que atendem a todos os critérios (ou seja, custam dentro desse limite, são urbanos e serão usados como residência pelo comprador), o fundo de garantia pode ser usado não só no momento da compra, mas também para pagar parte das prestações, para amortizar a dívida ou para pagar todo o dinheiro que ainda faltar.  

13. É possível usar o FGTS para compra de imóvel sem a intermediação da Caixa Econômica Federal?

Sim. Qualquer banco pode participar da compra de um imóvel. "A negociação é possível, inclusive, através de um agente financeiro, mas sem a participação dele", diz o advogado Mauro Antônio Rocha. De acordo com o advogado, para isso acontecer, o interessado comunica ao banco que precisará do FGTS para adquirir um imóvel. O banco irá determinar a inclusão de algumas cláusulas no contrato de compra da casa ou apartamento, e, então, sacar o dinheiro do fundo e depositar para o vendedor.

14. Uma vez sacado o FGTS, ele pode ser reposto?

Sim. Se a pessoa continua trabalhando, a conta continua recebendo os depósitos realizados pelo empregador.

15. O que muda com a aprovação, pela Comissão Nacional de Justiça, do casamento entre pessoas do mesmo sexo (que agora pode ser registrado em cartório)?

Nada. Já faz algum tempo que a utilização do FGTS é aceita para comprar imóveis residenciais para duas pessoas que não tenham parentesco ou que tenham união estável, inclusive se forem do mesmo sexo.

16. Quem herda um imóvel fica impedido de usar o FGTS para a compra de outro?

Sim. Se a pessoa já tem uma casa ou apartamento, não importa como tenha obtido, não pode sacar o FGTS. "Mas, se a herança ou doação vierem com uma cláusula de usufruto, aquela em que você recebe a propriedade, mas a posse fica com o doador ou com uma terceira pessoa, o FGTS pode ser usado", declara o advogado Mauro Antônio Rocha..

17.   É possível sacar o FGTS para ajudar um parente (uma filha ou um irmão, por exemplo) a pagar um imóvel?

Não. O fundo de garantia só pode ser sacado para a compra de imóvel em que o comprador vai morar. O governo não permite o uso desse dinheiro para aquisição de bem para terceiros, nem mesmo filhos. 
Quem não cumprir essa regra e for descoberto, poderá ser processado por estelionato e terá que devolver o dinheiro do FGTS.

18. Quem comprou um imóvel, mas, após um divórcio, o registrou como um bem para o ex-cônjuge, pode voltar a usar o FGTS para adquirir um novo apartamento?

Sim. Quem perde o direito de morar na casa ou apartamento que havia comprado com o FGTS por causa de uma separação judicial, divórcio ou separação extrajudicial pode voltar a usar o fundo para comprar outro imóvel, desde que cumpra os quatro requisitos listados na resposta 2.

19. Quantas vezes é possível usar o FGTS para comprar um imóvel?

Não há limites. O fundo de garantia pode ser utilizado quantas vezes forem necessárias, desde que não existam impedimentos nem do comprador nem da casa ou apartamento a serem adquiridos.

20. Onde posso buscar mais informações sobre o uso do FGTS para comprar um imóvel?

A Caixa Econômica Federal editou o Manual da Moradia Própria.
Fonte: Uol

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Aplicativos para celular e leitores de cor ajudam na hora de pintar a casa

Aplicativos para celular, leitores de cor e loja-conceito são algumas ferramentas que as empresas disponibilizam para ajudar o cliente a escolher o tom mais adequado e até mesmo criar um.
A Sherwin-Williams oferece o aplicativo Color Snap, no qual é possível capturar a cor de qualquer objeto e encontrar a mesma ou equivalente na paleta de cores da marca.
Gabo Morales/Folhapress
Adriana Fontana destaca a cor azul na parede da sala com a poltrona no mesmo tom
Adriana Fontana destaca a cor azul na parede da sala com a poltrona no mesmo tom
Já o da Suvinil, chamado calculadora, mensura o quanto de tinta será necessário para pintar a parede, com base na metragem.
A Coral desenvolveu um simulador de ambientes para que o cliente possa ver no computador, ao inserir fotos do local, como a cor vai ficar na parede da casa.
Para divulgar e vender suas tintas, a Lukscolor criou uma loja-conceito em Moema, na zona sul da capital paulista. No local também é possível fazer cursos gratuitos, que vão desde como preparar uma parede até técnicas mais complexas de pintura.
Na opinião da designer de interiores Adriana Fontana, 35, a tecnologia mudou a forma de escolha e abriu um leque de possibilidades.
A grande quantidade de opções, no entanto, pode induzir o consumidor ao erro ou à mesmice. "É tanta cor que tem gente que acaba caindo no tradicional bege e gelo. Do outro lado, existem pessoas que acham que, só porque todas essas cores existem, elas devem ser usadas de uma vez. Excesso de cor é tão ruim quanto a falta dela."
No apartamento da designer, a cor azul na parede da sala ganha destaque com a poltrona no mesmo tom.
"Mandei estofar a poltrona por causa da parede. Tenho pufes em um tom de azul mais pálido e um sofá cru."

A cor escolhida pela profissional está em um catálogo, mas dá para criar mais de 5.000 cores nas máquinas de misturar que ficam nas lojas, além de levar um objeto ou tecido de qualquer cor para fazer a leitura e desenvolver a tinta da mesma tonalidade.
À MODA ANTIGA
Os consumidores menos ligados em tecnologia também têm formas de escolher a cor com mais segurança.

Na loja, é recomendável optar pelo catálogo mais novo. Com o tempo, eles desbotam e não traduzem mais a realidade da cor.
Outra dica é isolar o tom na paleta com uma pequena moldura feita de cartolina cinza médio para dar maior veracidade à cor que está sendo comprada.
Para quem ainda tiver dúvidas, as marcas vendem amostras para que o cliente possa testar direto na parede.
Carolina Daffara/Editoria de Arte/Folhapress
Editoria de Arte/Folhapress

Fonte: Folha.com

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Nova norma prevê temperatura mínima para edificações

Sentir frio do lado de fora da casa pode não ser bom, mas não adianta reclamar --o jeito é se agasalhar. Do lado de dentro, porém, será possível questionar a construtora se a edificação entregue cumpre requisitos mínimos de desempenho térmico.
O motivo é que a norma de desempenho de edificações NBR 15.575, com exigências mínimas de qualidade para habitações em diversos quesitos, como acústico e térmico, entrou em vigor no dia 19 deste mês.
Válida em todo o Brasil para projetos protocolados nas prefeituras a partir desta data, a norma começará a ser sentida quando as primeiras construções ficarem prontas --para prédios, em geral, daqui a cerca de três anos.
Na questão da qualidade térmica, a temperatura em ambientes internos, como sala e quarto, deverá ser 3°C maior do que a estabelecida pela norma como padrão para um dia de inverno em uma cidade, diz Geórgia Grace, assessora técnica da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção). Essa exigência, segundo ela, vale apenas para o Sul e parte das regiões Centro-Oeste e Sudeste.
Cada cidade tem definido um nível de temperatura tido como típico no inverno, ao qual serão acrescidos os 3°C. Em São Paulo, por exemplo, o padrão estabelecido é de 6,2 °C, o que significa que a temperatura mínima deverá ser de 9,2°C, independentemente da temperatura que faça lá fora, diz Grace.
E por que as paredes não têm maior resistência térmica para evitar o esfriamento da casa, como em alguns países desenvolvidos?
Para Ivanor Fantin, assessor técnico de engenharia do SindusCon-PR (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Paraná), a explicação é que as construções precisam se adaptar ao clima brasileiro.
"Não vamos fazer paredes como na Alemanha, porque seria um custo sem justificativa. Lá fazem paredes mais grossas para reter o calor da calefação, mas aqui de dia está fresquinho, de tarde esquenta e de noite esfria", afirma.
Sobre a exigência mínima de temperatura no ambiente, ele diz que se trata de um parâmetro para uma simulação térmica e que não adiantará o morador medir a temperatura interna e exigir que seja 3°C acima da exterior. "Alguém pode reclamar que a casa é muito gelada, mas é porque deixa a casa fechada o dia todo."
"Se eu tiver construído dentro do que preconiza a norma, a construção atenderá ao desempenho térmico adequado. Isso não quer dizer que uma casa no inverno terá de ter 3º C a mais que no ambiente externo."
NORMA
São previstos três níveis de desempenho --em geral, menos rígidos do que os de países desenvolvidos, segundo especialistas.
O nível mínimo é obrigatório e o intermediário e o superior, facultativos.
No quesito térmico, num dia de inverno, a temperatura terá de ser 5°C maior no segmento intermediário, em vez de 3°C previsto no mínimo, diz Grace, da Cbic. No nível superior, a exigência para um dia típico de inverno é que seja 7°C maior.
Segundo o Código de Defesa do Consumidor, todos os produtos colocados no mercado têm que estar de acordo com as normas brasileiras. Se não houver cumprimento, o consumidor poderá reclamar na Justiça ou no Procon.
Para Paulo Sanchez, vice-presidente do SindusCon-SP (sindicato da construção), uma vantagem é que a NBR 15.575 define as responsabilidades dos diversos atores da cadeia produtiva, como projetistas, construtoras, fornecedores ou mesmo do condomínio, se a manutenção for feita de maneira inadequada.
Na opinião de Paulo Simão, presidente da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), a nova norma vai estimular a inovação tecnológica e uma maior racionalidade nos projetos.
De acordo com o pesquisador do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e primeiro coordenador da comissão que elaborou a norma, Ercio Thomaz, deverá haver um acréscimo de 3% a 4% nos preços dos imóveis que atinjam o nível intermediário e de 6% a 7% nos que alcancem o superior.
No caso do padrão mínimo, haverá alta apenas nas moradias mais simples, que precisarão elevar muito o padrão construtivo atual, segundo a avaliação de especialistas.
Editoria de Arte/Folhapress

Fonte: Folha.com

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Como tirar bom proveito da imobiliária na compra de imóveis

Veja algumas dicas para aproveitar o que as imobiliárias têm de melhor na hora de comprar ou vender um imóvel

Divulgação
Casal feliz em sua casa nova
Bons corretores e imobiliárias podem ser uma mão na roda na hora de comprar ou vender um imóvel
São Paulo – Os processos de compra e venda de imóveis muitas vezes são realizados com o intermédio de imobiliárias. Apesar da má fama de alguns corretores, que buscam vender imóveis a todo custo, mascarando algumas informações, esses profissionais podem facilitar muito a vida do comprador e do vendedor, desde que o cliente entenda como tirar o melhor proveito dessa relação.
Veja a seguir algumas dicas para aproveitar da melhor forma o que a imobiliária tem a oferecer.
Para o comprador
1) Torne o corretor seu amigo
Em vez de desconfiar do corretor, busque torná-lo seu amigo e mostre que você não é um comprador comum. Uma boa dica para impressioná-lo pode ser a elaboração de uma lista por escrito do tipo de imóvel que você procura, qual a região, a faixa de valor, o tamanho e outras eventuais exigências. Se ele perceber que você está realmente interessado e gostar de você, ele poderá buscar com mais afinco um imóvel que se adeque às suas expectativas.
E ao ganhar a confiança do corretor, pergunte por que os antigos compradores estão se mudando, qual seria a proposta mínima de valor que eles aceitariam, se há algum problema na região ou na vizinhança e se outras pessoas estão interessadas no imóvel apresentado. 
2) Não economize perguntas
José Augusto Viana, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imoveis de São Paulo (Creci-SP), explica que o corretor tem a obrigação de informar ao comprador questões relevantes sobre o imóvel. “O corretor é obrigado a passar as informações solicitadas e a mencionar questões importantes sobre o imóvel, sob pena de ser processado por perdas e danos se o cliente se sentir prejudicado por alguma questão que foi omitida. Essa é a grande vantagem de fazer a compra com um corretor", diz. 
Ele sugere que o comprador questione, por exemplo, quem são os vizinhos dos apartamentos, se existe algum tipo de estabelecimento no entorno que costuma gerar maior movimentação ou ruídos na região, como uma oficina mecânica, uma escola ou uma igreja, se são realizadas feiras na rua ou nas proximidades do imóvel, ou se existem projetos de infraestrutura que podem alterar a dinâmica do bairro.
3) Use bons argumentos ao pedir um desconto
Luigi Gaino diretor geral da Lopes no Rio de Janeiro, afirma que no mercado de lançamentos, com a alta competitividade existente entre as empresas e o aumento dos custos para construção, os preços estabelecidos pelas construtoras não têm envolvido uma margem de negociação alta. “O mercado não tem atuado com preços mais altos para vender o imóvel por um preço mais baixo, os preços que são colocados têm sido os preços pelos quais os imóveis são vendidos”, diz.
Por isso, segundo ele, para conseguir descontos, o consumidor deve usar bons argumentos. Um deles seria a oferta de uma entrada significativa. Outra dica, aplicada à aquisição de imóveis na planta, seria argumentar que a compra está sendo feita em uma fase bem inicial do empreendimento. E assim como ocorre na compra de qualquer produto, mencionar o preço de outros imóveis semelhantes pode ser uma boa estratégia para conseguir um desconto maior.
4) Saiba qual é o seu limite de crédito pré-aprovado
Além de detalhar o tipo de imóvel que você está buscando e a faixa de valor, Elbio Fernández Mera, vice-presidente de Comercialização e Marketing do Secovi-SP, recomenda que o comprador consulte antes seu banco para saber qual seria o limite de crédito pré-aprovado que ele teria para financiar o imóvel. “Isso permitirá que o corretor busque apenas os imóveis que estão dentro da condição de compra do cliente”, diz.
Para o vendedor
1) Confira se a comissão cobrada está dentro do padrão do Creci
De acordo com a resolução n° 326/92 do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), as comissões dos corretores devem estar de acordo com a tabela aprovada pelos Conselhos Regionais de Corretores de Imoveis (Creci) de cada região. Para imóveis urbanos em São Paulo, por exemplo, a comissão varia entre 6% e 8% do valor da venda. “O que estiver sugerido na tabela deve ser seguido. Mesmo se o corretor quiser fixar um percentual inferior ao da tabela, ele pode sofrer um processo por concorrência desleal”, afirma José Augusto Viana, presidente do Creci-SP.
A lista com os sites dos Creci de cada estado pode ser consultada no site do Cofeci.
2) Procure uma imobiliária com corretores especializados na região do imóvel que será vendido, peça indicações e cheque sua regularidade
O primeiro passo para a escolha da imobiliária que fará a comercialização do seu imóvel é buscar quais são as empresas com corretores especializados na venda de imóveis naquela região. O corretor especializado na região pode realizar a venda mais rapidamente, tanto porque poderá passar mais informações sobre o bairro aos compradores, quanto porque terá mais argumentos de venda. “O corretor especializado pode prestar uma consultoria melhor até no sentido de mostrar ao comprador que o preço do imóvel à venda é competitivo na região”, afirma Elbio Fernández Mera. 
Segundo José Augusto Viana, para escolher a imobiliária, vale a pena buscar indicações de amigos e conhecidos que venderam imóveis na região, além de fazer uma consulta no Creci para verificar a regularidade da empresa. “Com o número de registro no Creci, o cliente pode se informar sobre a situação da imobiliária ou do corretor, para checar se eles estão regularizados ou se foi impetrado algum tipo de processo em virtude de um mau atendimento ou de questões natureza ético-disciplinar”, afirma Viana.
Observe a carteira de imóveis da imobiliária para checar se os produtos vendidos são do mesmo padrão que o seu imóvel, e também a forma como é feita a divulgação.
3) Entenda os tipos de contrato que podem ser firmados com a imobiliária e veja qual é melhor para você 
Ao contar com o intermédio de uma imobiliária para vender seu imóvel, o proprietário pode firmar dois tipos de acordo: um deles é a simples autorização de venda e o outro é o contrato de exclusividade de venda.
Segundo Fernandez, no contrato com exclusividade existe um comprometimento maior da imobiliária com a venda e com o cliente. “Nesse contrato o cliente passa a receber informações diárias do que acontece com o imóvel, se ele foi anunciado, se foi colocado no jornal, se algum cliente foi visitá-lo e quantas chamadas ele recebeu”, diz. 
Já na simples autorização de comercialização, quando o vendedor pode anunciar o imóvel em mais de uma imobiliária, a relação é mais abstrata. “Quando não há exclusividade, não existe um vínculo forte com o vendedor. A imobiliária apenas coloca o imóvel em um banco de dados e não existe uma estratégia especifica para esse imóvel. É uma relação por loteria”, afirma o vice-presidente de comercialização do Secovi.
Além disso, quando há exclusividade a imobiliária já fica com a documentação do imóvel em mãos para fechar a venda mais rapidamente quando algum comprador demonstrar interesse. Já no outro modelo, apenas depois que um comprador se mostra interessado em comprar o imóvel é que a imobiliária solicita os documentos necessários para finalizar a venda, o que pode demorar mais. 
Ao optar por um contrato de exclusividade, portanto, o cliente tem um atendimento preferencial, a imobiliária monta uma estratégia específica para o imóvel e a finalização da venda é mais ágil. Já quando ocorre apenas a autorização de venda, o vendedor pode fazer o anúncio do imóvel em mais imobiliárias, mas elas podem não dar tanto destaque ao imóvel, e o proprietário precisará acompanhar mais de perto o andamento das vendas. 
4) Pergunte ao corretor se ele tem dicas para tornar seu imóvel mais atraente
Quando é firmado um contrato exclusivo com uma imobiliária, os corretores têm um contato mais próximo com o imóvel e podem dar boas dicas sobre pequenas mudanças que o vendedor pode fazer no imóvel para deixá-lo mais atraente. “O corretor consegue fazer uma avaliação interessante sobre o imóvel e pode passar ao comprador dicas sobre limpeza do imóvel e a condição de preparo do imóvel. O profissional especializado tem noção do que pode impactar na venda do imóvel em determinada região”. 
Fonte: Exame.com

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Corretor de imóveis passa a ser mais exigido pelos clientes

Com o avanço nas vendas de imóveis, o corretor ganha visibilidade e passa a ser mais exigido pelos clientes.
Com a função de aproximar vendedor e comprador ou locador e locatário, ele precisa também entender detalhes do negócio.
"Um corretor de sucesso hoje não pode ser mais um demonstrador de imóveis. Ele precisa ser especializado em muitas áreas, como de avaliação, financiamento e documentação", diz a corretora Elizete Faria, 54, formada em economia.
A comissão pelo serviço varia de 6% a 8%, mas quem atua em uma imobiliária tem de repassar, em geral, de 40% a 60% do pagamento para a empresa.
Para Roseli Hernandes, da Lello, quem quer trabalhar na área não deve pensar como "aventureiro": "Não dá para ser empresário e querer ser corretor só aos sábados e domingos".Segundo ela, a carreira atrai profissionais diversos e boa parte tem nível superior.
Ainda há dúvidas na esfera judicial se a comissão do corretor tem de ser paga após ele deixar o negócio encaminhado, ainda que a negociação se desfaça.
O Superior Tribunal de Justiça decidiu pelo menos duas vezes recentemente em favor dos profissionais, mas a questão segue sendo decidida caso a caso.
Ilustração Carolina Daffara/Editoria de Arte/Folhapress

Fonte: Folha.com

terça-feira, 23 de julho de 2013

Saiba quais reformas precisam de autorização da prefeitura

Antes de ampliar o seu imóvel é necessário pedir autorização aos órgãos responsáveis. Veja o que deve ser feito para não ter a obra embargada
Você comprou uma casa mas, acredite, ela não é apenas de sua responsabilidade. Antes de fazer uma grande reforma ou cortar uma árvore é preciso pedir autorização para a Prefeitura. O ZAP Imóveis consultou a advogada Katia Peperaio para explicar o que deve ser feito antes de mudar o visual do seu imóvel e assim evitar multas. É importante lembrar: as leis mudam para cada cidade. As regras abaixo valem para São Paulo.
Procure saber o que deve ser feito antes de mudar o visual da sua residência (Fotos: Thinkstock)
Preciso pedir autorização para trocar o piso da calçada em frente a minha casa?
Katia Peperaio:
 Não, mas deverão ser observadas as exigências da Prefeitura. Por lei, o proprietário da casa é o responsável pela manutenção e reforma da calçada à frente de seu imóvel, e para reformá-la deverá observar normas de segurança e utilizar os seguintes materiais autorizados pelo municipalidade:   bloco de concreto intertravado; ladrilho hidráulico; placa pré-moldada de concreto; concreto pré-moldado ou moldado “in loco”. Os pisos de pedra e mosaico português só podem ser mantidos em áreas de preservação histórica, não são mais permitidos em áreas comuns.
O morador pode rebaixar a guia da calçada quando quiser?
Katia: Para rebaixar a guia é preciso que seja feito o pedido também na Prefeitura, que emitirá uma guia de vistoria. Na sequência, um engenheiro irá vistoriar o local para averiguar se é viável ou não o rebaixamento da guia e, caso aprove o pedido, será emitida uma guia de execução, e o rebaixamento será realizado pela própria Prefeitura que, para tanto, cobrará do responsável o valor das despesas, a serem calculadas por m² de calçada.
No caso da calçada avariada ou irregular, a Prefeitura poderá notificar o proprietário?
Katia:
 Sim. A prefeitura pode intimar o dono a arrumá-la em 30 dias. Se ultrapassar o prazo determinado, a Prefeitura passará a cobrar uma multa mensal, cujo valor varia de acordo com a ocorrência e o tamanho da calçada.
Ao alterar o tamanho da casa e até de fazer uma reforma geral, quais são os passos que o proprietário tem que tomar para não infringir a lei?
Katia: Toda vez que o proprietário desejar realizar qualquer acréscimo ou supressão de área do imóvel em relação à planta original, deverá solicitar um Alvará de Aprovação de Reforma junto à Prefeitura, mediante a apresentação de um projeto que observe as regras relativas ao respectivo zoneamento, feito por um arquiteto que será o responsável pela obra. Só após a concessão do Alvará é que a obra poderá ser realizada.
É preciso também cuidar do canteiro de obras. Não é permitido obstruir a passagem de pedestres nas calçadas. Deverá ser contratada uma empresa de caçambas cadastrada na Prefeitura.
Para retirar uma árvore da área interna da casa, o proprietário precisa pedir autorização?
Katia: Sim. Para a remoção de árvore plantada na área interna do imóvel deverá ser feita uma solicitação na respectiva subprefeitura, sendo que o engenheiro da Prefeitura irá ao local averiguar e emitir um laudo, caso seja aprovada a remoção da árvore, a Prefeitura emitirá um ofício que autoriza o proprietário a removê-la.
É preciso ficar atento as regras para não causar problemas aos vizinhos
E se ela estiver na parte externa?
Katia: Caso a árvore esteja na parte externa do imóvel, a remoção e poda da árvore será de responsabilidade da Prefeitura, e o pedido poderá ser feito através do site www.prefeitura.sp.gov.br. Nos casos de manutenção e segurança não é cobrada taxa, mas se a remoção for necessária, em razão, por exemplo, de alteração de passagem solicitada pelo proprietário, será cobrada taxa.
O que pode acontecer com o proprietário que não cumprir a lei?
Katia:
 Quando o proprietário descumprir as exigências legais, será penalizado. Em quase todas as hipóteses ele poderá sofrer multa, poderá também sofrer o embargo de obra irregular que esteja em andamento, ser obrigado a regularizar a obra que não esteja sendo realizada de acordo com as exigências legais, pagar pelo reparo que a Prefeitura teve que fazer em seu lugar, bem como ter problemas para conseguir um alvará de funcionamento de seu estabelecimento, se for comercial, ou ver negado o financiamento para a venda do imóvel cuja planta original foi alterada sem aprovação da Prefeitura, dentre outros casos.
Posso reclamar se a obra do vizinho estiver me atrapalhando?
Katia: Caso o responsável pela obra não cumpra as exigências legais, pode-se fazer uma denúncia na Prefeitura, sendo que o fiscal do órgão irá averiguar a obra. Se constatar irregularidades, lavrará um Auto de Embargo e Infração e aplicará a multa pecuniária correspondente. Caso necessário poderá também solicitar auxílio policial para cumprir a medida. O embargo só será suspenso após a eliminação das infrações que o motivaram e o pagamento da multa imposta. O vizinho também poderá acionar  o responsável pela obra na Justiça, para obrigá-lo a cumprir as exigências legais, e também pleitear eventual prejuízo material ou moral que tenha sofrido ou evitar  iminente prejuízo que possa vir a sofrer.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Novo ou usado? Descubra que imóvel tem mais a ver com seu perfil

Um bom recorte para começar a busca por um lugar para morar é a idade do imóvel. As diferenças entre um apartamento de 10 anos e um de 30 vão além da aparência e do estado de conservação e se estendem para aspectos como localização e nível de ruído.
Conheça as principais vantagens e desvantagens de imóveis construídos recentemente e daqueles que ajudam a contar a história da cidade, e veja qual deles tem mais a ver com seu estilo.
  • Imóveis antigos

Vantagens: a primeira é o preço. "Em prédios antigos, você geralmente consegue pagar menos pelo metro quadrado", diz o engenheiro Henrique de Carvalho, da 2H Consultoria e Avaliações.
A localização também merece vir no topo da lista de vantagens dos imóveis mais velhos. Erguidos quando a cidade era menor e havia mais terrenos disponíveis, esses prédios geralmente ficam mais perto da região central do que os novos empreendimentos.
Além disso, os apartamentos antigos, com 30 anos ou mais, costumam ter plantas maiores, ou seja, sala, banheiro, cozinha, quartos e dependência de empregados mais generosos do que os mais recentes, que normalmente privilegiam o espaço social.
Outra diferença é a distância entre o chão e o teto, o chamado  pé-direito. "Nos apartamentos antigos, o pé direito chega a 3 metros e, em alguns novos, é de 2,20 metros", compara o corretor Luiz Carlos Kechichian. Assim, os ambientes do imóvel mais velho dão uma sensação de maior amplitude. 
Apartamentos antigos também costumam ter paredes e laje mais espessas. Com isso, o imóvel fica menos vulnerável aos ruídos vindos do lado de fora e da casa do vizinho.
Desvantagens: "Geralmente, as limitações dos prédios mais velhos são decorrentes da evolução da tecnologia", diz Henrique de Carvalho. De acordo com ele, imóveis antigos costumam ter menos pontos de tomadas, pois foram construídos em uma época em que havia menos aparelhos eletrodomésticos nas casas.
Um fator crítico é o estado de tubulações. "Nos apartamentos antigos, geralmente os tubos eram de aço galvanizado, que vai ficando corroído ao longo do tempo", diz Henrique. É possível trocar a tubulação, mas o gasto e a reforma, que inclui passar períodos sem água, são dores de cabeça que muita gente pode preferir evitar.
A impermeabilização de áreas comuns também deve ser observada. Esse processo tem validade de 10 anos e, quando está vencido, pode causar infiltrações na garagem e, assim, mais despesas para o condomínio.
Outro ponto importante é a área de lazer. Muitos prédios antigos não oferecem piscina e brinquedos para crianças, como é praticamente o padrão em edifícios mais novos. O mesmo vale para a garagem. "É comum o prédio mais velho não ter e, quando tem, é uma só", diz Luiz Carlos Kechichian.
Ideal para: pessoas que curtem ficar em casa e receber amigos, famílias com filhos adultos.
  • Imóveis recentes (de cerca de 20 anos ou menos)

Vantagens: um imóvel mais novo costuma ter melhor valor de revenda. "É um apartamento mais atualizado, que desperta o interesse de mais pessoas", diz o consultor e palestrante Guilherme Machado, especialista em mercado imobiliário.

Além disso, geralmente esse imóvel tem uma área de lazer completa que, de certa forma, compensa a redução do tamanho do apartamento. "Por exemplo, o imóvel não tem uma cozinha grande, mas o condomínio oferece um espaço gourmet na área comum", afirma Guilherme.

Um conceito muito comum nos últimos cinco anos é o de condomínio clube, em que o edifício oferece, além da piscina e do playground, espaços como salão de beleza e lounge juvenil, para os adolescentes se encontrarem.

Outra vantagem é que os imóveis novos costumam ser mais preparados para a vida moderna. Permitem o uso simultâneo de diversos eletrodomésticos, têm pelo menos duas garagens, elevadores rápidos, mais segurança (com câmeras e maior dificuldade de acesso de estranhos aos apartamentos).

Desvantagens: os apartamentos novos costumam ter paredes mais finas e tetos mais baixos, o que facilita entrada e saída de ruídos.

Mas o ponto principal é a localização. Esses condomínios geralmente ficam em áreas mais afastadas do centro, em que ainda há terrenos disponíveis e, principalmente, mais baratos. Por serem novas, essas áreas podem carecer de serviços como transporte público ou padarias e supermercados.
Outra questão é que,  por causa dos altos custos de manutenção, os chamados condomínios clube acabam sendo divididos em dezenas de apartamentos e a área de lazer precisa ser compartilhada por muitos moradores ao mesmo tempo.  

Ideal para: recém-casados, jovens solteiros ou famílias com filhos pequenos.
  • Imóveis na planta

Vantagens: a forma de pagamento. "Geralmente, quando a pessoa compra na planta, há uma flexibilidade na forma de pagamento que não se consegue no imóvel usado", diz o corretor Luiz Kechichian.

Outra vantagem é poder deixar o apartamento com a cara do proprietário sem precisar enfrentar as dores de cabeça de uma reforma. É possível escolher antes itens como o design dos armários da cozinha, os lustres e o tipo de piso. Em muitos empreendimentos, o comprador também decide onde subir e quebrar paredes.

Há ainda a garantia das construtoras, que costuma ser de 5 anos. Por fim, o valor de revenda também é bom, e geralmente compensa o investimento pois é maior do que o de compra.

Desvantagens: apesar da forma de pagamento amigável oferecida pelas construtoras, com parcelas que cabem no bolso, o comprador pode acabar pagando mais do que o imóvel vale.
Além disso, o comprador não vê o apartamento. É preciso atenção redobrada para evitar armadilhas. "Você compra por um desenho que muitas vezes não bate com a realidade. Algumas construtoras mostram a planta em uma escala e os móveis em outra", alerta Luiz Kechichian.

Algumas vezes, o prazo de entrega não é cumprido. "Até seis meses de atraso é previsto por lei. Mas acontece frequentemente de demorar mais", diz Kerchichian. Nesse caso, o comprador pode até processar a empresa. Mas terá o trabalho de contratar um advogado e abrir um processo. 

Ideal para: recém-casados, solteiros ou famílias com filhos pequenos sem muita pressa para mudar.
Fonte: Uol

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Transforme o quarto extra em home office e quarto de hóspedes

Arquiteto dá dicas de como deixar seu quartinho multifuncional
cantinho do computador
Você tem um quarto sem uso e não sabe o que fazer com ele? Uma boa dica é transformar esse ambiente em um home office que também serve como quarto de hóspedes. Mas, como decorar esse pequeno quarto? Como deixar as visitas à vontade? Veja dicas do arquiteto Allan Feio e saiba como reorganizar sua casa!
Itens que não podem faltar no home office
Segundo o arquiteto, o home office, ou escritório, virou uma necessidade hoje em dia, em função da vida corrida que nos obriga muitas vezes a levar trabalho para casa. “Os itens necessários para se criar um espaço como esse dependerão da atividade exercida pelo morador, visto que cada profissional tem uma necessidade diferente. Em geral, uma bancada com espaço para o computador ou notebook, uma cadeira confortável e um local para guardar os materiais de trabalho, são os elementos mais comuns”, afirma o profissional.
Transformando o escritório em quarto de hóspedes
Mesmo com pouco espaço disponível, ainda é possível transformar o home office em quarto de hóspedes, criando um ambiente multifuncional. Para criar esse ambiente, o ideal é segmentar as áreas. De um lado o espaço de trabalho e de outro o espaço de relaxamento dos hóspedes.
“É melhor encostar a cama em um canto, deixando o centro livre para circulação. Se tiver que optar por cama ou sofá-cama, opte pelo segundo, visto que seu ambiente ficará mais harmônico e organizado”, ensina Allan. “Quando não estiver sendo usado pelo hóspede, o móvel ficará recolhido e não atrapalhará a utilização do ambiente. Além disso, há modelos de sofá-cama muito bonitos e confortáveis, com tamanhos até de cama de casal”, complementa.
Se houver uma janela no quarto, sempre coloque a área de trabalho perto dela, aproveitando a luz natural. “Para proteger do sol, persianas são boas opções para o ambiente, pois sujam menos do que as cortinas, além de combinar com o aspecto mais formal que o cômodo pede”, diz o arquiteto.
Truques para ampliar o ambiente 
- Móveis e revestimentos claros ajudam a “iluminar” o espaço, dando a impressão que o ambiente é mais amplo. Assim, se o espaço for reduzido, o melhor é apostar em tons mais claros ou pasteis.
-A iluminação é muito importante, principalmente a natural. Ela também ajuda a dar uma sensação de amplitude. A área de trabalho deve ser bem iluminada, com luz fluorescente.
- Escolha móveis práticos e com linhas mais retas. Não se deve escolher móveis muito grandes, para não sobrecarregar o ambiente. A bancada não precisa ser muito larga.
Dica: “Dá para usar as cores claras como base do ambiente e criar um elemento de destaque. Pode ser uma parede com uma cor diferente das demais ou então um papel de parede com uma padronagem mais sóbria. Tome cuidado para não usar uma cor muito forte ou chamativa para que não se perca o foco durante o trabalho”, aconselha o especialista.
home office
Thinkstock/Getty Images
Acomodando as visitas
É essencial que os hóspedes fiquem bem acomodados e tenham bastante conforto. Afinal, ninguém quer que a visita se sinta pouco à vontade, não é mesmo? Allan revela que, como os hóspedes normalmente não permanecem por muito tempo e trazem pouca bagagem, um armário pequeno já supre a necessidade.
“Um modelo de duas portas, com espaço para cabideiros e gavetas, já é suficiente. É sempre bom optar por um armário fechado, pois as coisas do hóspede ficarão bem ajeitadas e o ambiente ficará organizado. É bom prever também um local para as malas. Se houver espaço, uma TV é sempre bem vinda. Uma opção é utilizar um equipamento que serve tanto de monitor para o computador como para TV”, finaliza.
quarto de hóspedes
Thinkstock/Getty Images
Consultoria
Allan Feio – arquiteto

Fonte: Revista Casa Linda